Os motoristas de todo o país que abastecerem seus veículos com o diesel a partir de ontem, já o fazem com o novo percentual de 5% de biodiesel.
Conforme havia sido anunciado pelo presidente Lula, a mistura B5, que aumenta a proporção do biocombustível no diesel, antecipa em três anos a meta do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel.
O meio ambiente agradece, a economia e os pequenos agricultores também.
Oito novas usinas de biodiesel devem entrar em funcionamento no país este ano, segundo informações da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio). Para a entidade, o país tem capacidade de aumentar em 1% ao ano a participação do biocombustível no diesel. Os produtores querem aumentar, até 2015, a adição do produto ao diesel vendido no interior do país para 10%. Nas regiões metropolitanas, o objetivo é ampliar para 20% o biodiesel usado na composição do combustível.
Mas, para que isso aconteça, será preciso modificar a lei para que a nova composição seja obrigatória. Atualmente, 65 usinas de biodiesel estão em funcionamento no país. Além da soja, também existe tecnologia para produzir o biodiesel a partir da mamona, do girassol, da canola, da palma, do pinhão manso e de um tipo de gramínea chamada crambe.
Petrobras aumentou participação de mamona em biodiesel para 30%
A Petrobras Biocombustível anunciou, no dia 8 de dezembro passado, ter concluído todo o processo tecnológico que permite à empresa produzir biodiesel a partir do óleo de mamona - dentro das especificações técnicas da Agência Nacional do Petróleo (ANP) - que estipula o limite de 30% do óleo de mamona em cada litro de biodiesel.
A empresa já vinha produzindo biodiesel na usina de Candeias, na Bahia, utilizando a mamona como matéria-prima, mas com um percentual de 10,5% de mamona para cada litro.
As pesquisas que levaram ao domínio tecnológico do processo de produção do biodiesel a partir da mamona foram desenvolvidas pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes), na Usina de Guamaré, no Rio Grande do Norte – unidade experimental da companhia para o desenvolvimento do processo de produção do biodiesel.
Para o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rosseto, a obtenção da tecnologia comprova a capacidade da empresa de produzir biodiesel a partir da mamona.
– Estamos com duas misturas. Misturamos 70% de óleo de girassol à mamona, misturamos soja com mamona e melhoramos características físico-químicas desse biodiesel produzido. Não há dúvida em relação à capacidade de produzir biodiesel com mamona e nós estamos fazendo isso com qualidade – avaliou.
Segundo informações da subsidiária da Petrobras para o setor de biocombustíveis, o óleo de mamona é produzido pela empresa desde o dia 28 de outubro. Já foram processadas, até o momento, 2,112 mil toneladas de mamona.
“Toda a matéria-prima vem do programa de suprimento de oleaginosas, desenvolvido pela Petrobras Biocombustível em parceria com a agricultura familiar. Este domínio de tecnologia fortalece a estratégia da empresa de diversificação de matérias-primas para a produção de biodiesel, estimulando os mercados agrícolas regionais”.
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