sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Secretário grava governador do dem DF e PF investiga esquema de propina


O secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, foi o colaborador da investigação de um esquema de desvio de dinheiro publico operado no Governo do Distrito Federal (GDF)José Roberto Arruda do DEM. Segundo despacho do ministro Fernando Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou os mandados de busca e apreensão, Durval Barbosa teria optado pelo benefício da delação premiada e, por esta razão, teria aceitado utilizar microfones escondidos durante conversas com o governador do DF, José Roberto Arruda (DEM). A PF apura um suposto esquema de propina à base aliada do Distrito Federal.

Nas gravações, que resultaram na Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal (PF), o governador aparece negociando com seu secretário Durval Barbosa o destino de R$ 400 mil. Em outro trecho, segundo o despacho, consta a informação de que o dinheiro seria dividido entre deputados distritais da "base aliada". Segundo o STJ, foi aberto a Durval Barbosa a participação de um programa de proteção de testemunhas da PF.

São investigados os deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulisses (PSB), Pedro do Ovo (PRP) e o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM).

Hoje, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão nas residências e nos gabinetes dos principais deputados que integram o governo Arruda. Também foi feita uma busca em um anexo da residência oficial do governador do Distrito Federal.

Em nota, o STJ informou que a PF realizou buscas e apreensões no local de trabalho ou sede de 16 pessoas físicas e jurídicas. As buscas e apreensões decorrentes da autorização foram acompanhadas por procuradores do Ministério Público Federal em 24 locais indicados, sendo 21 no Distrito Federal, um em Goiânia (GO) e dois em Belo Horizonte (MG). Segundo o STJ, a medida visa descobrir provas e indícios de eventual vínculo mantido entre os investigados e a suposta participação de cada um em atos ilícitos.

O ministro do STJ determinou que as buscas fossem feitas com discrição, para "assegurar a intimidade e preservar os direitos subjetivos dos investigados".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nota do moderador: Comentários preconceituosos, racistas e homofóbicos, assim como manifestações de intolerância religiosa, xingamentos, ofensas entre leitores, contra o blogueiro e a publicação não serão reproduzidos. Não é permitido postar vídeos e links. Os textos devem ter relação com o tema do post. Não serão publicados textos escritos inteiramente em letras maiúsculas. Os comentários reproduzidos não refletem a linha editorial do blog