terça-feira, 24 de novembro de 2009

Dilma esteve em Santa Catarina falando sobre o pré-sal


Na segunda-feira (23), a ministra esteve em Florianópolis (SC) abrindo o seminário “O Pré-sal e Santa Catarina”.

Ex- ministra de Minas e Energia no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma Rousseff destacou que o governo federal, mesmo num período de crise econômica mundial, determinou a manutenção de investimentos superiores a 170 bilhões de dólares na Petrobras. “A intenção do governo foi manter investimentos cruciais para exploração de gás e petróleo, o que manteve o nível de desenvolvimento do Brasil e contribuiu para enfrentar a crise mundial”, avaliou a ministra.

Segundo Dilma, a sustentação de quatro grandes movimentos estruturais foi definitiva para que o Brasil atingisse um alto nível de investimentos. “A política de expansão de crédito, a inserção intencional das exportações brasileiras, a manutenção da inflação sobre controle e a política de investimentos em infraestrutura foram fundamentais para reverter um quadro que se mostrava desfavorável”, avaliou.

Como exemplo de política de investimento, a ministra citou a exploração do pré-sal e a mudança no marco regulatório do setor. “Iniciamos o procedimento de exploração em 1953 e, desde então, buscamos a autossuficiência, alimentamos a pesquisa e a descoberta do pré-sal culmina o êxito deste processo. Tudo que conquistamos em termos de reserva de petróleo ao longo destes anos conseguimos dobrar com as descobertas do pré-sal”, enfatizou a palestrante.

A comparação entre a situação da exploração do petróleo entre 1997 e 2009 foi uma das abordagens da ministra. “Na década de 90 a exploração era avaliada como de alto risco e baixo lucro, o país vivia instabilidade macroeconômica e a Petrobras estava fragilizada. Já em 2009 temos reservas em dólares, estabilidade macroeconômica, descoberta recente de grandes reservas e parque petrolífero com boa tecnologia. Esta situação coloca o Brasil em posição privilegiada, tendo em vista que além de ter reservas, tecnologia, estabilidade institucional e jurídica, ainda possui grande mercado consumidor”, argumentou ela.

Sobre o modelo de partilha proposto pelo governo federal e em apreciação pelo Congresso Nacional, Dilma foi enfática ao dizer que “a renda do petróleo será concentrada no Fundo Social, que atenderá todos os estados da federação sem discriminação, o que torna a disputa por royalties uma disputa secundária, mas não menos importante”.

A exploração do pré-sal, para a ministra, poderá ser uma mola propulsora do fortalecimento nacional. “Expansão do parque industrial do país atendendo à Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), agregação de valor na cadeia do petróleo, criação de novos empregos, relevância para balança comercial, combate à pobreza, acesso à educação e renda, além da segurança energética, são alguns dos benefícios advindos desta nova era de exploração de petróleo em águas profundas”, concluiu Dilma.

IDELI defende partilha mais justa do Royalties e investimentos em Santa Catarina

A senadora Ideli Salvatti abordou a importância dos royalties para o Estado, mas também a necessidade fundamental de Santa Catarina se adequar para as possibilidades que se abrirão. “Amplos benefícios e uma elevação considerável da cadeia produtiva forçam o Estado a se adaptar à realidade e à demanda de serviços”, avaliou.

A senadora deu como exemplo os quatro estaleiros presentes em Itajaí, que contratarão 2 mil novos empregados e enfrentarão dificuldades com a qualificação da mão de obra. “A indústria naval no Brasil terá que produzir mais de 170 embarcações para atender somente a Petrobras. Além disso, teremos alto investimento em logística, como distribuição, transporte, importação e exportação. Portanto, o Estado não deve lutar somente por seus direitos de royalties, mas deve se preparar de forma alerta, organizada e ativa para não perder esta grande oportunidade que o país está tendo”, afirmou a parlamentar. Leia mais aqui.

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