quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Isso é Serra governando para os pobres:Sem verba, unidade de saúde reduz atendimentos

Inaugurado em abril de 2006 pelo então prefeito José Serra (PSDB) como um centro 'inovador' de medicina, o Laar (Lar Ambulatório de Alta Resolução), na zonal sul da capital, está sem verba municipal desde o dia 1º de agosto. Os repasses mensais, de R$ 450 mil, foram cancelados após quebra de contrato com a Unisa (Universidade Santo Amaro), responsável pela administração da unidade. Agora, o número de atendimentos está abaixo da metade.

Todos os dias, por volta das 7h, pacientes lotam a recepção em busca de consultas e exames nas diversas especialidades oferecidas: ortopedia, mastologia, pediatria e otorrinolaringologia. A unidade também é equipada para realizar pequenas cirurgias, após reforma custeada pelo governo do Estado.

Ontem, o aposentado Manoel Pereira, 73 anos, era um dos usuários na fila. Ele tentava marcar uma cirurgia de próstata, mas voltou para casa sem data para fazer o procedimento. "Peguei três ônibus para chegar até aqui. Sinto queimação na região da bexiga e preciso da cirurgia com urgência", diz. Apesar da pressa, Pereira foi informado que não há vagas abertas nem previsão de chamada.

A gestante Fernanda Felipe, 22 anos, também saiu do Laar sem conseguir agendar o próximo exame de pré-natal. Ela está grávida de cinco meses e há um mês tenta passar por consultas e exames. A espera já preocupa. A visita de ontem foi a quarta sem sucesso.

Há quatro anos, a prefeitura anunciava a proposta como inédita no país. Pelo modelo, o usuário pode ser examinado pelo especialista, passar por exames radiológicos e laboratoriais e receber o diagnóstico e tratamento no mesmo dia.

O fim do repasse, no entanto, alterou a rotina da unidade. Após dois meses de espera, a diarista Maria Zilda Rocha, 52 anos, conseguiu apenas ontem realizar um exame de sangue. O tempo de espera para ser atendido aumentou consideravelmente após o mês de julho.

Maria Zilda conta que será submetida a uma microcirurgia. Os exames pré-operatórios estavam marcados para o mês de agosto, mas foram desmarcados por telefone. "Antes do mês de julho, o paciente já conseguia os resultados de tudo que precisava no mesmo dia. Agora, vou ter que esperar 14 dias para receber o exame de sangue", reclama a diarista.(jornal agora)

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