terça-feira, 15 de setembro de 2009

Lula prevê recorde na geração de empregos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a geração de empregos formais em agosto deve bater recorde. Lula antecipou ontem que o total de vagas geradas no mês passado deve chegar a 150 mil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que serão divulgados na quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

- Certamente vamos bater outra vez o recorde de criação de empregos, deve ser por volta de 150 mil - disse Lula, em entrevista a rádios de Roraima. - Enquanto o mundo inteiro está tendo desemprego, vamos chegar ao fim do ano com quase um milhão de empregos novos criados com carteira assinada.

O último Caged registrou a criação de 138.402 vagas formais em julho de 2009, o melhor saldo registrado no ano e o quarto maior da série histórica. O número é 0,43% maior do que o registrado no mês anterior, mas é menor do que o referente a julho de 2008, quando foram criados 203.218 postos. No acumulado do ano, o saldo é de 437.908 postos.

Aposta Em seu programa semanal de rádio Café com o presidente, o chefe do Executivo afirmou também que o Brasil entrará em 2010 numa situação de crescimento econômico.

Para Lula, o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro e quarto trimestres também vai demonstrar um desempenho muito melhor da economia brasileira até o final do ano. Após dois trimestres de queda, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou na última sexta-feira crescimento de 1,9% na comparação do segundo com o primeiro trimestre do ano Com o resultado, o Brasil saiu oficialmente da recessão técnica.

- Isso significa que nós vamos começar o ano numa situação muito virtuosa, de muito otimismo, e crescimento - disse o presidente.

No primeiro semestre, a economia brasileira encolheu 1,5%.

No acumulado em 12 meses, o PIB teve expansão de 1,3% em relação aos quatro trimestres anteriores.

- É tudo que precisamos. Voltar à normalidade econômica, voltar a crescer, gerar empregos, distribuir renda, que é isso que o povo brasileiro espera de nós.

O presidente voltou a afirmar que os números que demonstraram a saída do país da recessão técnica apenas confirmaram o ponto de vista do governo de que a crise tinha chegado por último no Brasil e que aqui iria acabar primeiro.

- Porque o Brasil estava preparado - reiterou Lula.

O último relatório Focus, com projeções de cerca de 100 instituições financeiras coletadas pelo Banco Central, já reduziu para 0,16% a estimativa de queda do PIB neste ano.

Fundos do pré-sal Lula reafirmou que irá usar parte do dinheiro do fundo social do pré-sal - que consta na proposta do novo marco regulatório do petróleo enviado ao Congresso - para investir na educação, condição básica para o Brasil entrar no grupo dos países desenvolvidos, segundo ele.

- Minha tese é a seguinte: o século 21 é o século do Brasil e a gente não pode jogá-lo fora como jogamos o século 20. A educação é fundamental.

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