A crise que varreu o mundo e completará um ano em 15 de setembro próximo passou longe da maioria dos lares brasileiros. Com o emprego preservado, apesar das previsões pessimistas da maior parte dos especialistas, e a renda em alta, as famílias não se intimidaram em satisfazer suas necessidades. Gastaram, no segundo trimestre do ano, R$ 471,1 bilhões, 2,1% a mais do que nos primeiros três meses do ano. "Realmente, é impressionante a força demonstrada pelo consumo das famílias, que foi determinante para o crescimento de 1,9% do PIB (Produto Interno Bruto) entre abril e junho deste ano", disse a economista-chefe do Banco ING, Zeina Latif.
No acumulado do primeiro semestre do ano, o consumo familiar avançou 2,3% ante igual período de 2008, apesar de o PIB, na mesma comparação, ter caído 1,5%. Quando confrontado o segundo trimestre deste ano com o de 2008, o consumo deu um salto ainda maior, de 3,2%. Foi o 23º trimestre consecutivo de crescimento, puxado, segundo Ricardo Moraes, economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo aumento de 3,3% da massa salarial (emprego mais rendimento dos trabalhadores) e de 20,3% nas operações de crédito às pessoas físicas. "Com a inflação sob controle e os juros em baixa, tudo indica que o consumo das famílias se manterá crescente", ressaltou o economista-chefe da Santander Asset Management, Hugo Penteado.
O funcionário público potiguar Erivelton Nunes de Almeida, 30 anos, é a tradução completa do quadro captado pelo IBGE. A despeito da onda de pessimismo que tomou conta do país ano passado, quando a quebra do banco americano Lehman Brothers empurrou a economia para a recessão, ele não interrompeu seus gastos, inclusive comprando a prazo. "Pelo menos uma vez por mês, compro calçados e roupas no cartão de crédito. Eu nem percebi diferenças nos preços dos produtos", contou.
Almeida, que está de passagem pelo DF, fazendo um curso de capacitação profissional, revela que não foi preciso abandonar os hábitos de consumo. "Costumo parcelar minhas compras em até três vezes. Ninguém que conheço mudou a rotina. Na minha vida, não existiu crise", afirmou.
A disposição para o endividamentor foi facilitada, na avaliação do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, pela rápida volta do crédito às pessoas físicas. "A oferta de crédito favoreceu, sobretudo, segmentos como o de eletrodomésticos e automóveis, que ainda tiveram redução do IPI."
Ninguém que conheço mudou sua rotina de consumo. Na minha vida, não existiu crise"Erivelton de Almeida, funcionário público. Do jornal Correio Braziliense
No acumulado do primeiro semestre do ano, o consumo familiar avançou 2,3% ante igual período de 2008, apesar de o PIB, na mesma comparação, ter caído 1,5%. Quando confrontado o segundo trimestre deste ano com o de 2008, o consumo deu um salto ainda maior, de 3,2%. Foi o 23º trimestre consecutivo de crescimento, puxado, segundo Ricardo Moraes, economista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo aumento de 3,3% da massa salarial (emprego mais rendimento dos trabalhadores) e de 20,3% nas operações de crédito às pessoas físicas. "Com a inflação sob controle e os juros em baixa, tudo indica que o consumo das famílias se manterá crescente", ressaltou o economista-chefe da Santander Asset Management, Hugo Penteado.
O funcionário público potiguar Erivelton Nunes de Almeida, 30 anos, é a tradução completa do quadro captado pelo IBGE. A despeito da onda de pessimismo que tomou conta do país ano passado, quando a quebra do banco americano Lehman Brothers empurrou a economia para a recessão, ele não interrompeu seus gastos, inclusive comprando a prazo. "Pelo menos uma vez por mês, compro calçados e roupas no cartão de crédito. Eu nem percebi diferenças nos preços dos produtos", contou.
Almeida, que está de passagem pelo DF, fazendo um curso de capacitação profissional, revela que não foi preciso abandonar os hábitos de consumo. "Costumo parcelar minhas compras em até três vezes. Ninguém que conheço mudou a rotina. Na minha vida, não existiu crise", afirmou.
A disposição para o endividamentor foi facilitada, na avaliação do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas Gomes, pela rápida volta do crédito às pessoas físicas. "A oferta de crédito favoreceu, sobretudo, segmentos como o de eletrodomésticos e automóveis, que ainda tiveram redução do IPI."
Ninguém que conheço mudou sua rotina de consumo. Na minha vida, não existiu crise"Erivelton de Almeida, funcionário público. Do jornal Correio Braziliense
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