
A ministra Dilma Rousseff, afirmou hoje que o sucessor do Presidente Lula, se for oriundo da base de apoio ao governo, terá de continuar suas obras e "fazer melhor", porque vai encontrar um "Brasil arrumado" e não como o que existia quando ele assumiu.
Dilma disse que, quando Lula assumiu, a inflação estava chegando a dois dígitos e o País "vivia aceitando interferência do Fundo Monetário (Internacional) nas menores às maiores questões".
Segundo a ministra, o governo tem sido testado e respondido bem às provas. "Estamos passando pelo maior teste de estresse que a economia brasileira já passou", afirmou, em entrevista, depois de participar de solenidade de lançamento das obras da BR-448. "Até porque diziam que a gente só tinha sorte", emendou, e "agora está provado que não só somos capazes e competentes de gerir o País na bonança, como também na crise". Para reforçar a avaliação, a ministra citou artigo do jornal francês "Le Monde", que afirma que Lula acertou ao prever uma crise era uma marolinha
Ao citar indicadores positivos, Dilma destacou a previsão de criar um milhão de empregos em 2009, "no ano da crise". O Brasil conta com destaque internacional porque "o mundo reconhece que o Presidente Lula levou desenvolvimento social a um nível no Brasil que não existia". Conforme ela, 25 milhões de brasileiros passaram a integrar a classe média e os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgados hoje, mostram que os indicadores sociais são positivos.
Candidatura
A ministra voltou a dizer que o PT só definirá o candidato à presidência da República em 2010. Em entrevista mais cedo, Lula se referiu a Dilma como candidata a sua sucessão.Dilma disse que a ausência da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), na solenidade não interfere no andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado. "As obras do PAC são um compromisso do governo independentemente de quem compareça a cerimônias ou não", ressaltou a ministra.
Em discurso, Lula cobrou a presença da governadora e do prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), no evento. O governo assinou hoje a ordem de serviço das obras da BR-448, que terá 22 quilômetros de extensão entre Sapucaia do Sul e Porto Alegre.
"Gostaria de saber em que momento da história deste país um governo destinou R$ 25 bilhões em investimentos ao Rio Grande do Sul. Mas lamentavelmente eu gostaria que estivesse aqui neste palanque a governadora e o prefeito. Eu sei que vocês vão vaiar, mas estamos num ato institucional do governo. O presidente tem que se relacionar com os entes federados e garantir condições civilizadas de fazer as coisas", discursou.
O Presidente, garantiu que não governa olhando para os partidos. "Acho que um presidente deve vir ao Rio Grande e se relacionar com todas as esferas do poder. O Estado precisa ser tratado com um filho predileto, como uma coisa especial", disse Lula.
Mas ele não evitou provocações ao governo estadual. "Não temos o direito de permitir que este Estado, que já foi um dos mais avançados do Brasil, retroceda e volte a ser atrasado, não-desenvolvido e com situações difíceis", afirmou. Mas Lula reconheceu que o ano pré-eleitoral "começa a atrapalhar".
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