A tese da corrente CNB (Construindo um Novo Brasil) é tratada no PT como o primeiro esboço do programa de governo de Dilma Rousseff. Por conta disso, o documento dá amplo destaque ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e às "riquezas energéticas".
"O PAC, implementado desde 2007, é mais do que um programa de obras. Será cada vez mais, a partir de 2011, uma estratégia de desenvolvimento", afirma o texto petista. Ministra Dilma é chamada pelo próprio presidente Lula de mãe do PAC. Até 2005, no entanto, ela estava à frente da pasta de Minas e Energia, e a CNB não deixa de avistar no setor um manancial para as futuras promessas de campanha da pré-candidata.
"O boom petroleiro e gasífero que o pré-sal vai produzir terá forte efeito irradiador sobre amplos setores da indústria brasileira, sobretudo o naval. Ele assegurará uma forte expansão do PIB e crescimento do emprego. Permitirá igualmente o fortalecimento da integração da América do Sul, na medida em que outros país da região forem convocados para esse processo", diz.
Oposição
Sobre a disputa política, a CNB avalia que ela será "uma das mais radicais e intensas que o país já viveu desde a redemocratização" e cita a CPI da Petrobras, instalada no Senado, "como uma prova disso".
O texto, dividido em 95 tópicos, faz críticas ao governo FHC (1995-2002): "O Brasil experimentou a estagnação, a desnacionalização da economia, o aumento da dependência externa, a degradação da infraestrutura".
"Nosso partido reduziu o peso de opinião dos movimentos sociais em sua vida interna, viu sua democracia e capacidade de elaboração e formulação política perderem força em face do peso do poder econômico e dos projetos particulares de poder. Esse quadro nos ajuda a compreender a natureza da crise que vivemos em 2005, já que ela foi resultado de novos padrões de financiamento da nossa atividade partidária." Da Folha
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