quarta-feira, 24 de junho de 2009

Movimentos sociais apresentam a Dilma reivindicações sobre programa habitacional


Integrantes de movimentos sociais de São Paulo ligados à moradia popular entregaram ontem(23) à ministra Dilma Rousseff, reivindicações relacionados ao programa Minha Casa, Minha Vida.

Eles pediram que na faixa de renda até três salários mínimos possam ser construídas moradias em sistema de autogestão pelas cooperativas. Segundo um dos integrantes do movimento, José Carlos Ferreira, dessa forma é possível construir moradias maiores por menor preço.

“A regulamentação do programa diz que na faixa até três salários mínimos a previsão é construir um apartamento de 42 metros quadrados no valor máximo de 52 mil. Conseguimos produzir um de 49 metros quadrados pelo mesmo valor, desde que seja em autogestão. Se colocar construtora tem o BDI [Benefícios e Despesas Indiretas, cobrado pelas construtoras] que encarece”, disse José Carlos Ferreira.

A ministra disse que as empresas têm a seu favor a possibilidade de construir as moradias com mais agilidade, mas, ao ser informada de que a cooperativa construiu em São Paulo moradias em 11 meses, manifestou interesse pelo projeto e disse que vai atender ao convite para conhecer as moradias.

Os integrantes dos movimentos sociais chegaram ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência a República, em um ônibus e esperaram a saída da ministra para o almoço. Ao ver os populares, Dilma foi até a grade de proteção, ouviu os pedidos e recebeu o documento com as reivindicações. Logo se formou uma fila de pessoas para tirar fotos com a ministra. Não faltaram gritos de “Dilma presidente”.

Perguntada por jornalistas sobre as frases de apoio a uma possível candidatura à Pesidência da República em 2010, Dilma respondeu que “apenas escuta” e que ainda está na fase de dizer que “nem amarrada toca nesse assunto”.

A ministra disse que receber os movimentos sociais e ouvir as reivindicações de todos é uma orientação do presidente. “Sempre conversamos, discutimos, debatemos, formulamos com ele. Isso também faz parte da forma diferenciada que o presidente [Lula] orienta todo o governo para agir”

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