terça-feira, 23 de junho de 2009

Lula e Dilma visitam sem-terra


Num discurso para 5 mil sem-terra no Norte do Paraná, o Presidente Lula prometeu ontem ampliar em mais de um milhão o número de residências atendidas com energia elétrica, até o fim de 2010, ano eleitoral, assim como aumentar o valor destinado a famílias carentes para a construção de moradia.

Logo depois, ainda no discurso, acompanhado da ministra Dilma Rousseff, o Presidente disse: A gente precisa acertar nos políticos em que a gente vai votar, porque a gente tem chance de melhorar as coisas ainda mais.

No assentamento Robson de Souza, em Congonhinhas, Lula participou da cerimônia em comemoração a 2 milhões de ligações do programa Luz Para Todos. Lá, trocou o boné com o logotipo do programa pelo do MST. O Presidente criticou governantes que não pensam nos pobres.

— O pobre custa muito pouco porque não quer nada mais do que o convencional. O outro (rico) é que quer lucrar antes mesmo de investir. Ainda assim, tem muita gente que pensa que fazer pelo pobre é gasto, enquanto para os riscos é investimento.

Lula defendeu a alternância no poder. Disse esperar que o povo eleja alguém melhor que ele: — Não quero o terceiro mandato por uma coisa muito simples.

Tenho dito que a gente não pode brincar com a democracia.

Acho que a alternância de poder é importante porque vai permitir ao povo escolher alguém, e sempre vou torcer para que as pessoas escolham alguém melhor do que eu.

O anúncio de que o governo pretende sanar o déficit de energia elétrica foi feito por Dilma.

— Descobrimos que mais um milhão de casas não têm ainda energia, mas vai ter até o fim do ano que vem — disse ela.

Mais tarde, em Londrina — onde falou para fazendeiros, no lançamento do Plano de Agricultura e Pecuária

O plano prevê, para a safra de 2009/2010, investimentos de R$ 107,5 bilhões: R$ 92,5 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 15 bilhões para pequenos produtores.

Quem não lembra que o (ex-presidente Ernesto) Geisel levou (para a Amazônia) um monte de gaúchos, e talvez paranaenses, para desmatar? Lula criticou os países que condenam o etanol brasileiro: — Não metam o dedo sujo de combustível fóssil no nosso combustível limpo — disse ele, que ainda reclamou das observações feitas pela primeiraministra alemã, Ângela Merkel, em relação à proteção da Floresta Amazônica.

— Quando vem uma primeiraministra alemã aqui, a primeira coisa que ela quer saber é se a Amazônia está bem, se estão acabando com a Amazônia. Ora, minha vontade é perguntar se ela está tão preocupada porque deixou depenar o país dela. Daqui a pouco vão dizer que a Amazônia é internacional.

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