sexta-feira, 19 de junho de 2009

José Serra manda a polícia acompanhar passeata de estudantes da USP






Aproximadamente 5 mil pessoas, entre estudantes, funcionários e professores da Universidade de São Paulo participaram ontem (18) de manifestação pela renúncia da reitora Suely Vilela e a retirada da polícia do campus da USP. A caminhada partiu do vão livre da Avenida Paulista e terminou em frente à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, no centro da cidade. “Queremos denunciar que a reitora da universidade trata os trabalhadores, os professores e estudantes com a polícia, com bomba, cassetete e bala de borracha. A USP deveria ser uma organização livre para professores, funcionários e estudantes”, afirmou o diretor o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno Carvalho.

O presidente da Associação dos Professores da USP, Otaviano Helene, pediu também o afastamento da reitora. “Pessoas que chamam a polícia para dialogar com estudantes, professores e trabalhadores não podem ocupar esse cargo”, afirmou.

Além da saída da reitora, os manifestantes pediram a reabertura das negociações e reajuste salarial para professores e funcionários.

Em nota, a reitora afirmou que irá permanecer no cargo até o prazo regimental. Suely Vilela disse que tem apoio de 39 dirigentes de unidades da universidade. Hoje nove dirigentes de unidades da USP assinaram manifesto apoiando a reitora, mas pediram também a saída da polícia do campus.

A reitora informou, na nota, que já apresentou uma proposta de um acordo envolvendo, simultaneamente, a retirada da Polícia Militar do campus e o compromisso dos manifestantes em não obstruir, por meio de piquetes e barreiras físicas, os acessos dos prédios da universidade. “Com essa proposta, reafirmo minha disposição, em nome da administração central, de resolver os conflitos ora colocados e estabelecer a normalidade das atividades institucionais.”

De acordo com a reitoria, o pedido de reintegração de posse, e a consequente ação da polícia dentro do campus – que deu início a um conflito entre estudantes e policiais na semana passada - foi a forma legal encontrada para impedir os piquetes, que "bloqueavam a entrada daqueles que não estavam a favor da greve nos vários locais fechados pelos manifestantes".

No último dia 9, soldados da tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entraram em confronto com estudantes, professores e funcionários da USP. O conflito teve início quando a polícia dispersou os manifestantes que tentavam bloquear a entrada do Portão 1 da universidade.

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