sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dilma é atração em lançamento de programa para a Amazônia


No ato simultâneo realizado pelo Presidente Lula e sete ministros em Alta Floresta (MT), Marabá (PA) e Porto Velho (RO) para anunciar o início da regularização das terras da Amazônia, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi uma das principais atrações.

Ela ficou em Porto Velho, discursou, recebeu apoios para a candidatura à sucessão presidencial em 2010 e ouviu de Lula, "O companheiro Marcio Fortes, das Cidades, está lá com a companheira Dilma Rousseff; e devem ter outros ministros lá com a companheira Dilma".

Lula, que estava em Alta Floresta, virou-se para o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), e se "queixou": "Sabe o que acontece, Blairo? Vai terminando o tempo do mandato, as pessoas já vão correndo atrás de quem pode ser a futura presidente. Então, tem mais ministros com ela do que comigo aqui".

Em seguida, Lula disse "O que eles não sabem é que eu ainda tenho o peso da caneta", e lembrou que Altemir Gregolin, da Pesca, recentemente promovido a ministro, também estava lá, ao lado de Dilma.

Discurso

A ministra fez um discurso;. "Quero agradecer mais uma vez o povo de Rondônia que me dá um enorme incentivo, que não me deixa sozinha nessa. Tenho certeza de que este é um apoio que certamente não receberia em nenhuma outra parte do mundo", disse.

"Escuta-se muitas vezes que o Brasil não tem potencial para crescer e dividir o bolo, mas nossa visão é diferente. Podemos fazer isso e melhorar a vida das comunidades," afirmou. "O PAC é uma realidade que tem sido elemento importante no desenvolvimento de cada cidade da proposta do governo Lula. Como se diz aqui no Norte e também la no Nordeste, aqui é PAC na veia."

Dilma falou também sobre o tratamento contra o câncer. "Com o passar da quimio, me sinto tão bem quanto qualquer pessoa desta sala. Depois desses 21 dias tenha certeza de que voltarei ainda mais forte e renovada."

Meio Ambiente

A ministra afirmou que o Brasil tem energia limpa, está fazendo as hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia e que, ao contrário dos governos anteriores, desta vez vai indenizar todos os que forem atingidos pelas barragens.

Afirmou ainda que eles não serão levados para longas distâncias, a mais de 500 quilômetros do local em que moravam, mas ficarão por perto, com água e esgoto tratados.

Para a ministra, o modelo de destruição da floresta fracassou. Agora, cabe ao governo zelar para que a Amazônia seja preservada. "Ter a floresta em pé é a sua maior riqueza", disse a ministra, que coordena o programa lançado nesta sexta-feira, 19.

Este programa, além de dar início ao processo de legalização das terras da Amazônia de até 1,5 mil hectares, prevê ainda linhas de crédito do Banco do Brasil e do Banco da Amazônia, assistência técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e apoio do Sebrae. (Agência Estado)

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