domingo, 17 de maio de 2009

Lula vai elaborar PAC para investimentos entre 2011 e 2015


O governo Lula já trabalha na definição de um novo PAC, desta vez prevendo obras para o período 2011-2015. O elaboração do programa, que será executado - ou não - pelo próximo chefe de Estado, foi confirmada pelo Presidente Lula, em Riade, no segundo dia de sua visita à Arábia Saudita.

Lula havia mencionado a intenção de criar um PAC 2011-2015 há uma semana, durante viagem a Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Neste domingo, voltou à tona, afirmando que o programa poderá poupar dois anos de trabalho de seu sucessor. "Quando chegamos ao governo, detectamos que não tínhamos projetos na prateleira", justificou. Segundo o Presidente, em razão da "fiscalização muito rígida" e de trâmites burocráticos, como a elaboração de projetos básico e executivo, pedidos de licença prévia, licitação e demandas judiciais, um mandato de quatro anos não é suficiente para, por exemplo, construir uma usina hidrelétrica. "É tanta fiscalização que para alguém superar todo o processo demora muito. Não quero que as pessoas que vierem depois de mim passem pelo que passei no primeiro mandato."

Segundo Lula, a responsabilidade do excesso de entraves "não é culpa de ninguém, é culpa do Congresso Nacional", disse, incluindo-se entre os responsáveis. "Fui deputado constituinte; contribuí para isso."

O futuro PAC 2011-2015 - cujo montante de recursos ainda não foi revelado - terá os mesmos moldes do atual e preverá obras em infraestrutura, como a construção de gasodutos, hidrelétricas, estradas e ferrovias. "Eu quero deixar uma prateleira cheia de projetos prontos para que quem vier depois de mim decida qual é a prioridade e ganhe pelo menos dois anos na execução deste projeto."

Questionado sobre se havia dialogado com a oposição sobre sua intenção, Lula voltou a demonstrar convicção de que elegerá seu sucessor - desta vez sem mencionar o nome da ministra Dilma Rousseff -, e reconheceu que não falou com outros presidenciáveis. "Não preciso de ninguém para fazer o PAC. Até o dia 31 de dezembro de 2010, eu sou o Presidente da República. Eu deixarei os projetos. Se quem ganhar as eleições não quiser fazê-los, que faça outros. Mas haverá no Brasil uma prateleira de projetos para as coisas que nós entendemos serem prioritárias para o Brasil."

O Presidente louvou os resultados do PAC em andamento, definindo-o como "uma demonstração extraordinária que mostra que quando fazemos projetos as coisas fluem com muito mais tranquilidade".

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