Kassab deixa 150 crianças sem creche

A rescisão de um convênio entre a Prefeitura de São Paulo e uma entidade filantrópica deixou 150 crianças, de duas creches, sem aulas pelo menos até o próximo dia 11.

A organização Grupo Assistencial e Promocional São Januário, que administrava as creches, não prestou contas à Secretaria Municipal da Educação, e o contrato de sete unidades conveniadas, que juntas atendem 1.140 crianças, foi rescindido.

As outras 990 crianças, distribuídas em cinco creches, seguem atendidas até que outros convênios sejam firmados. Três estão na zona sul, duas na zona leste, uma no centro e outra na zona oeste.

As creches Campos Elíseos, no centro, e 9 de Julho, na zona sul, já têm novas ONGs. Segundo a secretaria, elas deveriam ter tido aulas hoje, e a suspensão foi decisão da entidade São Januário. As duas creches ficarão sem aulas até o próximo dia 11, ainda segundo a pasta, para que a situação com as novas entidades seja regularizada. As outras continuarão a funcionar até que outra ONG assuma.

Na creche Campos Elíseos, funcionários e pais das crianças ficaram sabendo da suspensão das aulas na quarta-feira. "Foi à queima-roupa", resumiu uma funcionária, que não quis se identificar.

Todos os funcionários foram demitidos. Mãe de uma criança da creche, Elizangela de Jesus, 32 anos, terá de desembolsar R$ 20 por dia para uma pessoa ficar com a filha. "Avisaram ontem, não sabíamos de nada. Tive de me virar para conseguir alguém para cuidar dela, já que eu trabalho. Acho uma injustiça com os pais.

O governo Gilberto Kassab (DEM) alega que foi a própria entidade quem procurou a pasta para dizer que não teria condições de gerir as creches. "A entidade não prestou as contas relativas aos meses de fevereiro e março. Por isso, não houve repasse de verba.