A revista ISTOÉ trouxe entrevista com o marqueteiro João Santana, que cuidou da propaganda eleitoral de Lula em 2006, e cuida de peças publicitárias do PT.
Santana, mostra-se entusiasmado com Dilma Rousseff, e é cotado para vir a fazer a campanha da sucessora de Lula em 2010.
Santana avalia que Serra "é o tipo de candidato que tem um forte componente de risco, o de começar já no teto das pesquisas de intenção de voto. Sua tendência é mais de cair do que de subir".
A crise econômica internacional também não beneficia Serra, porque ele também é governo no estado de São Paulo, maior centro industrial do País, e sofrerá desgaste junto ao eleitor, o mesmo ou mais que a oposição vai querer imputar à Dilma.
Santana também não se impressiona com as pesquisas atuais: "Serra só chega a 53% nas pesquisas de segundo turno. Para Dilma, o céu é o limite. Imagine quando começar a campanha e o presidente Lula puder pedir voto para ela".
VITORIOSO EM EL SAVADOR
João Santana fez a campanha vitoriosa do novo presidente de El Salvador, Mauricio Funes, da Frente Farabundo Marti.
A vitória de Funes, elevou Santana à condição de "bruxo" do marketing político na América Latina e recebeu convites para organizar campanhas em Honduras, na Guatemala e ainda no México. Diz estar pensando a respeito, mas o mais provável é que assuma o projeto Dilma.
ISTOÉ destila veneno contra Dilma nas entrelinhas.
Na reportagem dá para perceber alguns velhos clichês sobre a imagem de Dilma, propagandeada pelos desafetos. Segundo a lenda, Dilma seria uma eterna mal-humorada, que trata seus interlocutores com rudeza.
O esterótipo se formou pelas razões:
A primeira, é porque a ministra é exigente, cobra com energia trabalho e desempenho de todos que a cercam e é "durona" nas negociações em que participa.
Ela enfrentou "cara feia" do setor privado nos leilões de energia e concessões rodoviárias, vencendo a queda de braço, e conseguindo tarifas menores para o cidadão.
É preciso não confundir seriedade e defesa de nossos interesses, com rudeza.
A ministra não tem uma carreira de familiaridade com microfones e câmeras de TV, e algumas vezes já se irritou com as armadilhas que o PIG prepara para ela escorregar, como foi no caso do "dossiê" do Álvaro Dias. A imprensa golpista ficava fazendo perguntas e depois usavam suas respostas fora do contexto para dizer que ela caiu em contradição, e coisas do gênero.
Porém, em suas andanças junto ao povo, seja nas vistorias do PAC, seja no Carnaval do Recife, seja manchada de graxa com o macacão da Petrobrás, a ministra sempre se mostrou uma pessoa bastante amável, amiga, bem-humorada, atenciosa e sensível.
Por fim, interessa à oposição desconstruir a imagem da ministra, tentando colar nela uma imagem pessoal impopular, já que perceberam que não há como atacá-la pela competência, nem pela honestidade pessoal.
Na campanha, tentarão fazer o que fizeram com Ciro Gomes em 2002. Colocarão gente para provocá-la e tentar fazer com que ela "exploda".
Por isso João Santana já adverte "o pavio da ministra está cada vez mais longo".
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