quinta-feira, 23 de abril de 2009

Dilma pede a empresários do RS para acelerar obras do PAC


A ministra Dilma Rousseff, reiterou nesta quinta-feira, 23, pedido a empresários envolvidos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para adotar um segundo turno de trabalho, onde for possível, ao realizar a primeira de 27 apresentações estaduais sobre o andamento dos investimentos.

Segundo ela, o aumento de ritmo nas obras do PAC tem duplo efeito: estimula o crescimento econômico e combate os efeitos da crise financeira mundial. O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, observou que a antecipação de obras no setor elétrico é vantajosa também para o fluxo de caixa dos empreendedores, que podem ofertar energia mais cedo no mercado e gerar receita.

Dilma reafirmou a meta de crescimento de 2% do Produto Interno Bruto do Brasil em 2009, apesar da redução de expectativa feita pelo Fundo Monetário Internacional, que na quarta-feira divulgou previsão de queda de 1,3% para a economia nacional este ano. A ministra disse que o FMI não tem mais o mesmo nível de informações que tinha sobre a economia brasileira até 2002.

Ela lembrou que, em 2005, o FMI permitiu que o Brasil investisse R$ 500 milhões em saneamento, mesmo sem que o País terminasse de pagar seu empréstimo com o fundo. Em apenas uma obra do PAC - a recuperação do rio dos Sinos (RS) - serão investidos R$ 500 milhões, comparou a ministra.

"Eu sei que hoje eles não têm a mesma informação", afirmou. "Nós éramos obrigados a informar até a última vírgula do que se fazia aqui dentro", acrescentou, sobre a prestação de contas ao Fundo.

A ministra também argumentou que o FMI não tem dados sobre programas como o Minha Casa, Minha Vida, a desoneração fiscal de produtos da linha branca e providências para ampliar o crédito em setores específicos que o governo tem adotado. "Não vejo nenhuma razão para ter respeito religioso por qualquer avaliação de qualquer órgão em detrimento das do governo", avaliou.

Ela admitiu que o governo, como os demais órgãos, tem dificuldade de fazer avaliações diante da crise e está tomando medidas para atenuar seu impacto. "Nós estamos trabalhando com a meta de um crescimento entre 1,5% e 2% este ano", reiterou, ao citar medidas anticrise do governo, como o lançamento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, a liberação de recursos para investimento pela Petrobras e uma política "agressiva" de preços mínimos e crédito na agricultura. "O governo não tem poupado esforços no sentido de combater a crise", declarou. "Por isso, eu olho para a estimativa do FMI como ela é, uma estimativa." (Release de notícias PAC)

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