O Brasil terá, talvez já no fim de abril, uma taxa básica de juros abaixo de 10% pela primeira vez na história - ao menos desde que o formato atual para medi-la foi criado, em março de 1999. Mais do que uma simples questão aritmética, esse novo cenário trará mudanças importantes para uma economia que se acostumou a ter um juro básico estruturalmente alto.
Os primeiros sinais de que o modelo anterior precisa ser alterado não demoraram a aparecer. O alerta soou inicialmente na caderneta de poupança. Analistas avisaram que a fórmula que prevê a correção pela taxa referencial (TR) mais 6% fixos ao ano é insustentável com a taxa básica de juros (Selic) abaixo de 10%.
Segundo eles, provocaria uma migração maciça de investidores de fundos, CDBs e outras modalidades de aplicações rumo à caderneta de poupança. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que algo deverá ser feito, mas ressaltou que a solução ainda não foi encontrada.
Outra consequência imediata foi a queixa de governadores sobre o indexador que corrige as dívidas dos Estados com a União. Eles argumentam que, com um taxa básica abaixo desse nível, subsidiarão o governo federal se os contratos não forem alterados.
Há, ainda, outros efeitos, muitos dos quais só serão "percebidos" ao longo do tempo. O Estado aborda, nesta reportagem, cinco: investimentos pessoais, dívidas dos Estados, fundos de pensão, dívidas de empresas e dívida da União.
Em tempo: hoje a Selic está em 11,25%, menor nível desde que foi criada. Os investidores da Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) já fazem apostas na queda dos juros. E se tudo correr como os analistas esperam, a taxa encerrará o ano em 9,75%. Há, porém, grandes chances de que esse nível seja alcançado já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em 28 e 29 de abril.
Hoje, a maioria dos analistas projeta um corte de 1 ponto porcentual, para 10,25%. Parte deles, porém, não descarta nova redução de 1,5 ponto (como na última reunião do Copom). Assim, a Selic bateria dois "recordes" de uma vez: renovaria o piso histórico e ficaria, finalmente, abaixo dos 10%.
CADERNETA DE POUPANÇA
Há exatos dois anos, a Selic rumava para o menor nível da história, o que provocou amplo debate sobre a correção da poupança. O mesmo ocorre hoje. Segundo analistas, a necessidade de mudança das regras se explica pelo fato de a poupança se tornar quase imbatível ante outras modalidades de aplicação em uma realidade com Selic abaixo de 10% ao ano.
Isso porque o investimento mais popular entre os brasileiros tem um rendimento fixo de 6% ao ano, além da taxa referencial (TR). É algo entre 7% e 8% líquidos, pois poupança não paga imposto.
Isso tem implicações não apenas sobre bancos e gestores de recursos, mas também para o próprio governo. O patrimônio dos fundos de renda fixa e DI (os maiores no País) é composto, fundamentalmente, por títulos públicos.
Ou seja, se o governo não mudar a correção da poupança, pode provocar uma saída em massa de recursos dos fundos, reduzindo a demanda por seus rendimentos.
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“Eu fui barbaramente torturada. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Aguentar tortura é algo dificílimo. A dor é insuportável. Eu me orgulho imensamente de ter mentido na tortura. Salvei companheiros da morte”.Dilma mostra os três dedos, para falar na CPI dos anos de prisão”
ResponderExcluirVi uma reportagem na revista Carta Capital em que há uma denuncia de tortura do atual CHEFE da PF,contra uma empregada domestica,porque supostamente teria feito parte de uma armação para um assalto na casa va vovozinha da mulher do VALENTE delegado,na superintendencia da PF no RS,onde a mesma ficou cega e entrevada.
Dilma,acho que como sofreu isso na pele,deveria dar um exemplo ao país democratico pelo qual lutou e fazer valer a responsabilidade do VALENTE delegado correa,que teve o processo arquivado e a senhora Ivone não poderá receber uma indenização,que teria que ser paga do bolso do VALENTE delegado.
Não perca esta oportunidade!