Para todos os efeitos, metade da questão eleitoral mais imediata de 2010 acaba de ser resolvida. A candidatura da ministra Dilma Rousseff foi praticamente formalizada neste fim de semana, quando, em pesquisa que ouviu quase todos os integrantes do Diretório Nacional e os presidentes dos diretórios estaduais do PT, só um ou outro se manifestou contrariamente. Nenhum dos entrevistados, no entanto, a ponto de questioná-la de maneira frontal.
Na segunda-feira, a ministra aceitou a indicação, dizendo ter "simpatia pela ideia de sair candidata". Não falta mais nada: Lula quis, ela topou, o partido aquiesceu.
O percurso do PT até chegar a esse ponto é curioso. Nascido como nasceu, o primeiro partido "de massas" na nossa história, ele passou por um lento processo de crescimento, em que as palavras militância e organização expressavam verdades, ao contrário do que sempre aconteceu com os partidos políticos brasileiros.
Em seus quase 30 anos de trajetória, o PT teve uma vida de debates e questionamentos internos, dissensões e negociações. Nenhum outro partido, nem antes, nem depois, se cindiu em tantas tendências, tantas alas. Na maior parte das vezes, elas permaneceram no partido, o que aumentou sua diversidade e criou um desafio permanente de preservação da unidade, buscando acordos ou maiorias.
Pode-se gostar ou não do petismo e dos petistas. Pode-se admirar ou não suas ideias e propostas. Pode-se concordar ou não com seus dirigentes e métodos. Mas quase ninguém discorda da originalidade do PT em nosso sistema partidário.Na segunda-feira, a ministra aceitou a indicação, dizendo ter "simpatia pela ideia de sair candidata". Não falta mais nada: Lula quis, ela topou, o partido aquiesceu.
O percurso do PT até chegar a esse ponto é curioso. Nascido como nasceu, o primeiro partido "de massas" na nossa história, ele passou por um lento processo de crescimento, em que as palavras militância e organização expressavam verdades, ao contrário do que sempre aconteceu com os partidos políticos brasileiros.
Em seus quase 30 anos de trajetória, o PT teve uma vida de debates e questionamentos internos, dissensões e negociações. Nenhum outro partido, nem antes, nem depois, se cindiu em tantas tendências, tantas alas. Na maior parte das vezes, elas permaneceram no partido, o que aumentou sua diversidade e criou um desafio permanente de preservação da unidade, buscando acordos ou maiorias.
Faz muito tempo que as pesquisas de opinião mostram que a população percebe alguma diferença entre ele e os demais partidos, além da ideologia e das atitudes consideradas típicas de seus militantes ("radicalismo", "esquerdismo", certo "idealismo", etc.). Ela tende a identificar no PT uma vida partidária mais intensa, mais contínua. As pessoas costumam dizer, nas pesquisas, que o PT é o "único partido político" que, de verdade, existe no Brasil.
Tudo isso mudou com o mensalão, mas não acabou. Mesmo sofrendo com as revelações, a imagem que o PT tinha adquirido em sua evolução foi, em grande parte, preservada. Ele podia ser igual ou parecido aos demais em diversas coisas, mas continuava a ser visto como diferente, enquanto partido, de todos.
O processo que levou à candidatura Dilma tem muito pouco a ver com essa imagem. Sem julgar a ministra, ela virou candidata por uma única razão, que todos conhecemos: porque Lula quis. É o ato de vontade presidencial que tudo explica, solitário e inquestionável. Como poderia ter dito Jânio Quadros: fê-lo porque qui-lo.
Não está em discussão se Dilma pode ganhar as eleições ano que vem. Nem se ela é boa candidata. Quando, porém, aceitou que fosse, o PT ficou diferente, dessa vez em relação a ele próprio.
Que pequenos partidos tenham líderes que resolvem tudo sozinhos (como fazia Brizola com seu PDT), todos compreendem. Que grandes partidos precisem de processos mais sofisticados de decisão, é natural. O que é difícil de entender é como um partido que nasceu e cresceu como o PT acabou assim. Foi só a experiência de ser governo durante seis anos?
A outra metade relevante da equação de 2010, a candidatura do PSDB, continua em aberto, em que pesem os esforços de algumas correntes do partido de fazer prevalecer o argumento de que ela deveria ser apontada "o quanto antes". Se fosse, ia dar Serra, mas Aécio permanece no páreo.
Estranhos caminhos tem a política. Aquele que parecia o partido da democracia interna e da "briga de tendências" se acalma em uma pax imperial. O que tomava suas decisões em jantares íntimos agora está prestes a expor suas divergências em público, em consultas prévias abertas à participação de milhares de filiados.
Só falta acontecer com o PSDB o que já se passou com o PT: os insatisfeitos com a escolha do nome buscarem novos rumos, lançando uma candidatura dissidente, abrigada em um partido existente ou em um novo, a ser criado.
Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
marcoscoimbra.df@diariosassociados.com.br
O PRESIDENTE LULA,è o PRESIDENTE. O PT, em sua maior parte, se distanciou do PRESIDENTE. Na pior fase de "ataques" ao PRESIDENTE, o PT sumiu. Até hoje, lamentávelmente, eles não falam (SENADO) sequer o nome do PRESIDENTE. Eles, parecem (até hoje) que tem medo até de citar o nome do PRESIDENTE. Sempre è tempo de mudar. Mas agora? Nós vemos quem nos apoia nos momentos difíceis que passamos e, quem se distancia..... .Hoje no Senado, aquele "petista" histórico - Wellington Salgado do PMDB, falou aquilo que ninguém pode negar: "Vossas Excelencias (se dirigindo ao PT) sequer sabem defender o PRESIDENTE LULA". O Senador Mercadante fez o contraponto dizendo que ontem fez defesa intransigente do PRESIDENTE (ontem?). Pois è! E, quem prestou solidariedade a todas patifárias que fizeram contra o PRESIDENTE, ao meu ver, não pode ser esquecido. E vi, diversas vezes o PT (DO SENADO) calado, silencio profundo e deixando todos falarem TUDO contra o PRESIDENTE. LAMENTÁVELMENTE. Ninguem erguia a voz para um mínimo de defesa (UM MÍNIMO). Espero, que A PRESIDENTE DILMA (caso indicada pelo PRESIDENTE LULA), TENHA GENTE UM POUCO MAIS DEDICADA AO LADO DELA. Não para defender por defender não, mas para se contrapor a mentiras de toda ordem. Coisa que o PT do senado não faz com o PRESIDENTE LULA, apesar de serem eleitos POR CAUSA DO PRESIDENTE LULA. Para que não esqueçam, senadores do PT: O NOME DO PRESIDENTE È PRESIDENTE LULA e, comecem desde já a treinar: O NOME DA PROXIMA PRESIDENTE È D I L M A. Não tenham vergonha de dizer o nome.
ResponderExcluirpois é, a ministra será a nossa primeira presidente,segura,uma excelente administradora ,está saindo-se muito bem com o povo, penso que ela é a escolha certa para o cargo no momento certo. Acho que os tucanos também já perceberam isso,estão apavorados.HELENA , eu penso que para o governo de SP, seria uma boa escolha o ministro, Fernando Haddad ,o que você acha?
ResponderExcluircara nova para concorrer em sampa.
Esse Sr. Coimbra é o da campanha psdb x PT x psb a prefeitura de Belo Horizonte-Mg?
ResponderExcluirSe for, cuidado Dilma, certos a$$ociado$ só querem morder um DIM...DIM...
Obs.:A propósito, comentei sobre a nota na coluna social do jornal "O TEMPO" dada por Raquel Faria, quando enviei o comentário minha máquina travou.
É sempre assim, quando vou postar um comentário negativo ao governo de Minas nos jornais Mineiros a máquina dá pau.
Também pudera os a$$ociado$ é que SÃO nosso provedor, de leve!
Volto para uma pequena correção. E quem prestou solidariedade QUANDO DAS patifarias ... e não A TODAS patifarias......
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