quinta-feira, 5 de março de 2009

Dilma diz que país criará estatal para trem-bala


A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, informou nesta quinta-feira que o governo deverá criar um instituto ferroviário para poder administrar o acúmulo de tecnologia que o Brasil passará a deter com a construção do trem-bala entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e o Rio de Janeiro.

O instituto funcionaria como uma pequena estatal para a administração da tecnologia de construção de transporte de alta velocidade e para a elaboração do planejamento estratégico do setor, nos moldes de como atua hoje a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no setor elétrico.

"Nós não só iremos reconstruir o instituto ferroviário para absorver (essa tecnologia). Esse instituto, articulado com as universidades e empresas privadas nacionais, será o portador da transferência de tecnologia quando da licitação do trem de alta velocidade", afirmou a ministra ao participar da abertura da reunião plenária do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social).

A idéia do governo é, ao desenvolver o projeto de US$ 11 bilhões, promover uma licitação internacional e exigir que as empresas interessadas se comprometam com a transferência da tecnologia do trem-bala ao Brasil.

Ao comentar, na reunião do CDES, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Dilma observou que esses investimentos não são resultado de uma "obra de marketing" ou uma "lista de obras" do governo federal.

A ministra criticou governos anteriores ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela suposta falta de investimentos em infra-estrutura e pela escassez de projetos de integração social ou de desenvolvimento de regiões afastadas dos principais centros do país. "O PAC não é um processo isolado. Tem dimensão social no projeto de inclusão. Também não uma lista de obras ou uma peça de marketing. Está dentro de uma política de governo", ressaltou a chefe da Casa Civil.

"No passado tivemos um modelo de estagnação econômica e exclusão social. A esse modelo nós temos hoje no Brasil a possibilidade real e concreta de desenvolver um outro modelo. Construímos a estabilidade com uma situação externa sólida, acúmulo significativo de reservas para bloquear a vulnerabilidade do país. Criamos um 'quadripé', com crescimento econômico, estabilidade, eqüidade e garantia de investimento em infra-estrutura e investimento em direitos. Esse é um modelo democrático, o que também nos diferencia, e é formulado com a participação da sociedade", declarou.

"Buscamos a situação para que o Brasil tivesse uma distribuição melhor de infra-estrutura. O PAC deliberadamente buscou isso, É uma política planejada e tem um caráter de segurar o investimento e de ser gerador de emprego e renda", concluiu a ministra. (Release de notícias PAC)

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