Serra criticava o PAC. Quando foi lançado disse "ser vago com projetos que já estavam previstos".
Agora, Serra pegou o orçamento de São Paulo e lançou o "PAQUINHO paulista" COM PROJETOS QUE JÁ ESTAVAM PREVISTOS.
O "PAQUINHO paulista" é uma promessa do governo tucano de São Paulo deixar a apatia de lado no enfrentamento da crise internacional:
Fazer aquilo que tem recursos para fazer já, e só iria fazer no fim do ano por puro cálculo político de olho no calendário eleitoral: obras, compras governamentais e coisas do gênero.
Antes tarde do que nunca.
Tarde, porque no Brasil, ao que tudo indica, o pior já passou, e estamos caminhando para uma retomada da atividade econômica.
Mesmo assim, SE FOR VERDADE, bem-vindo ao mundo do PAC, Serra, mesmo que tucanos não levem jeito para essa coisa de Estado ser indutor do Desenvolvimento. O neoliberalismo demo-tucano está simplesmente destruindo São Paulo, como FHC destruiu o Brasil.
PT "GOVERNA SERRA" POR "CONTROLE REMOTO"
O que fez Serra mudar de idéia?
Serra anunciou seu PAQUINHO, 2 dias depois do PT ter aprovado um documento que critica governos demo-tucanos.
No documento petista há trechos como:
"É o momento de encarar os políticos do PSDB e do DEM, seus ideólogos e propagandistas, mostrar que eles não têm condições de dirigir o país, e cobrar deles políticas anticrise nos Estados e cidades onde ainda detêm o poder. "
"Onde somos oposição, é preciso enfrentar as medidas conservadoras adotadas por governos como os de Yeda Crusius (RS), José Serra (SP) e Aécio Neves(MG)."
Apavorado com o retrato fiel do governo demo-tucano paulista, descrito no documento do PT, Serra rendeu-se às políticas que o PT prega e que os demo-tucanos combatem.
Dessa forma, pode-se dizer que, assim como mudamos de canal na TV à distância usando o controle remoto, o PT mudou a diretriz do governo tucano paulista para adoção de políticas petistas por pressão remota.
Mas para um pac ser PAC é preciso arregaçar as mangas e trabalhar como a ministra Dilma e o presidente Lula fazem.
Só pegar a "cola" de Dilma e de Lula, igual à um aluno que não estuda, não faz o dever de casa, e depois quer "colar" na prova, não vai fazer o governo tucano ser aprovado no ano que vem.
POLITICAGEM PIRATA COM A "NOSSA CAIXA" - É MUITA CARA-DE-PAU
Mas pior do que "colar" é mentir, com pirataria.
Serra acaba de vender o banco estatal paulista "Nossa Caixa" ao Banco do Brasil.
No SPTV teve a cara-de-pau de dizer que entre as medidas estavam a oferta de crédito pela Nossa Caixa !!!
Sabendo que seria alvo de críticas, tentou enganar preventivamente dizendo que a "Nossa Caixa" foi vendida ao Banco do Brasil, mas tentou passar a idéia que o "pai" dos créditos seria ele, porque já estariam "planejados" antes da venda.
Ora, se não fosse o Banco do Brasil comprar a Nossa Caixa, teria sido vendida para os bancos privados. E se não fossem o BB e a CEF, os demais bancos privados estariam com a faca e queijo na mão para esconder o estoque dinheiro e especular mais do que fizeram, fazendo os juros subirem mais do que subiram no fim do ano passado e na virada desse ano.
GLOBO mostra serviço em retribuição ao anúncio da SABESP
O Telejornal SPTV fez o papel vergonhoso previsível: propaganda eleitoral gratuíta de Serra.
Gratuíta coisa nenhuma, porque só a SABESP gastou mais de 7 milhões para fazer propaganda nacional, fora de sua área de concessão, o que gera forte desconfiança do esquema do mensalão tucano de Eduardo Azeredo/Cemig/Marcos Valério esteja sendo repetido por Serra/SABESP/Bob.
O SPTV não questionou a contradição de Serra ter criticado o PAC e estar fazendo a mesma coisa agora.
Não duvidou do "sucesso do PAQUINHO", como duvidou do PAC.
O repórter Fernando Rocha que estava no Palácio Bandeirantes comportou-se como um Silvio Santos vendendo seus produtos. O governo paulista divulgou que o pacote visa MANTER 800 mil empregos, o repórter caprichou: na pergunta ao governador tucano diSSE GERAR 800 mil empregos.
Chico Pinheiro também levantou a bola para Serra falar de empregos e apoio pequena empresa (e mesmo assim Serra se enrolou para explicar, recorrendo a leis federais como o supersimples que estão vigentes desde bem antes da crise internacional).
A menção da "Nossa Caixa" e do supersimples por José Serra como parte dos esforços do governo paulista contra a crise, infelizmente é motivo de preocupação para o trabalhador paulista e microempresários, porque mostra um certo vazio de propostas concretas para apresentar.
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