Nesta sexta, a ministra não acompanhou a programação da comitiva presidencial. Ela participou da inauguração de obras do PAC em São Leopoldo, a 33 km de Porto Alegre, onde lançou novas obras e respondeu aos opositores que criticam o programa. "A maquiagem pode estar no meu batom, mas nas obras do PAC não, porque elas são reais e estão aí para os senhores verem", discursou a ministra. (Agência Estado)
Em discurso, ontem, durante uma visita às obras de duplicação da BR-101, no município de Escada (PE), Lula voltou a rasgar elogios à atuação da ministra e atribuiu a ela "a responsabilidade pelo sonho da duplicação tornar-se realidade". Horas antes, em Salgueiro (PE), no lançamento da obra de extensão da Ferrovia Transnordestina, o presidente foi mais cauteloso e deixou para dois ministros a incumbência de promover sua candidata predileta à Presidência em 2010.
Em Escada, Dilma acenou para os presentes, distribuiu sorrisos e posou para fotos com operários e populares que conseguiram furar o bloqueio da segurança. Ao fim da solenidade, até se atrasou ao atender operários que queriam fotos a seu lado e autógrafos. Lula a aguardava para a foto oficial, ao lado do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).
O trecho visitado pela comitiva presidencial corresponde ao 7º lote das obras de restauração e duplicação da BR-101, entre Pernambuco e Alagoas. A obra, que tem 43,9 quilômetros de extensão e integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), está orçada em mais de R$ 291 milhões e deverá ser concluída até dezembro.
Na solenidade em Salgueiro, os ministros da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e dos Transportes, Alfredo Nascimento, discurso, destacaram a "ternura" e o "carinho" da ministra, apresentada como a grande responsável pelas obras do PAC. O evento marcou o início de construção de um trecho de 163 quilômetros da Ferrovia Transnordestina, que vai de Salgueiro a Trindade, em Pernambuco.
Geddel disse que a ministra trata cada projeto do PAC "da mesma forma que uma mãe deve tratar seu filho: carinhosa e estabelecendo metas". Logo em seguida, Nascimento fez mais elogios. "Agradeço sua ternura pela obra que está acontecendo hoje", disse, ao frisar que a construção da Transnordestina também é fruto da dureza e determinação da ministra. Ele destacou a "sorte" do presidente Lula por ter "descoberto" Dilma.
A ministra mostrou-se sempre sorridente, acenou várias vezes para o público que lotou o local e fez discurso regionalista no palanque armado para apresentá-la à multidão, que enfrentou horas de espera sob calor escaldante. "O País não será desenvolvido enquanto o Nordeste não tiver mais estrutura, mais indústria e mais emprego", afirmou.
Para ela, o palco da cerimônia - no qual estavam outros cinco ministros, os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos, do Piauí, Wellington Dias, e do Ceará, Cid Gomes, além do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, empresa controladora da Transnordestina - refletia o esforço do governo federal para resolver os problemas e realizar as obras necessárias. "Estamos mudando completamente a forma de distribuição dos recursos do governo para as diferentes regiões do País."
Lula, que vestiu uma camisa do clube de futebol Carcará do Sertão, de Salgueiro, que lhe foi jogada por alguém do público, disse não ter sido fácil construir a engenharia financeira para viabilizar a Transnordestina. "Levamos quase três anos discutindo".
"Quando voltar outra vez, teremos feito mais um pedaço da ferrovia. E quando voltar, depois de 2010, vamos andar no trem que vai passar por aqui apitando e vocês vão lembrar que teve um presidente que pensou no Nordeste." A obra completa custa R$ 5,4 bilhões.
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