O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM) beija a mão da ministra Dilma durante o encontro de prefeitos e prefeitas em Brasilía. Na foto abaixo, Kassab olha para o Presidente Lula com certo deslumbramento, também durante o encontro de prefeitos em Brasilia.
Os dois principais partidos da oposição, o PSDB e o DEM, prometem ingressar amanhã no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com uma ação contra o governo federal por antecipação de campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No documento, as siglas argumentam principalmente que o evento realizado na semana passada, em Brasília, com prefeitos de todo o país, serviu de palanque para a ministra, possível candidata do PT à sucessão presidencial.Neste evento, compareceram, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM-SP)(na foto) e ainda o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF)(foto)
O líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), alegará que Dilma está em viagem pelo país para se apresentar à população. Líderes da base aliada negam o uso político do evento e dizem que o governo não pode parar. Na semana passada, o DEM também foi ao TCU questionando o órgão sobre uso indevido de imagem e recursos públicos para a realização do encontro dos prefeitos, que custou R$ 241 mil. "A campanha da Dilma passou do limite. E ainda mais agora querem usar dinheiro público para promovê-la?", afirmou Caiado.
Dilma cresceu e está incomodando
Em palestra ontem na Associação Comercial de São Paulo, o presidente de honra do DEM, o ex-senador Jorge Bornhausen, disse que Dilma "vem conquistando paulatinamente o eleitorado do presidente Lula" e que, apesar de não ter raiz, poderá ser a herdeira do eleitor de Lula.
"Dilma não tem voto de raiz. Começa que não tem Estado. Não é nem mineira, onde nasceu, nem gaúcha, onde teve ação político-administrativa. Viverá da possibilidade de transferência de votos e do resultado de marketing." Ele afirmou que Lula "não tem compromisso com a verdade" e sugeriu que os partidos de oposição usem a propaganda partidária para criticar o governo federal.Apontando José Serra como candidato natural da oposição, ele defendeu uma composição entre São Paulo e Minas Gerais no PSDB.
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