"Na medida em que a ministra Dilma se torna mais conhecida como candidata, entra em curva de crescimento, o que considero muito relevante", afirmou o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana, depois de analisar os números recentes da pesquisa CNT/Sensus.
No estudo, a ministra aparece com 16,4% contra 23,3% do governador tucano de Minas, Aécio Neves. Nesse cenário Dilma cresceu 3,5 pontos em relação à pesquisa de dezembro. Aécio perdeu dois pontos. No confronto com governador paulista José Serra, também do PSDB, ela subiu três pontos (13,5%) enquanto ele perdeu quatro (42,8%).
Embalado pela boa performance da ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dá sinais claros de que a candidatura da chamada mãe do PAC é irreversível. Pela primeira vez, ele declarou isso durante o Fórum Social Mundial. “Se o Fórum voltar a realizar-se em 2011, já vai ser a Dilma, discursou para o aplauso dos manifestantes.
Logo depois em Brasília anunciou o plano ousado de investimento no PAC de R$ 502,2 bilhões previstos para serem aplicados em 2011. Quem você acha que ele gostaria de ver na presidência na época? Com a palavra o eleitor.
Ainda no campo institucional, não há como deixar a ministra sem visibilidade. Ela já começou a visitar vários estados do Nordeste na companhia do presidente Lula e do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira, pré-candidato do PMDB a vice na chapa de Dilma. Trata-se de um novo modelo de vistoria criado pela pasta de Geddel para acompanhar as obras do PAC na região.
Palanques regionais
Paralelo ao foco no enfrentamento da crise com ações concretas do governo, quase todas tendo à frente Dilma, as articulações em torno das alianças regionais estão a todo o vapor. Já foram convocados como artífices dessa tarefa os ex-prefeitos petistas de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, do Recife, João Paulo, e de São Paulo, Marta Suplicy.
A ex-prefeita de São Paulo terá a missão espinhosa de impedir que o PMDB paulista caminhe a trilha dos tucanos no plano estadual e nacional. O PT na Câmara fez sua parte ao dar o apoio a Michel Temer (SP) na sua eleição para a presidência da Casa.
Em Belo Horizonte, Pimentel já demonstrou sua capacidade de articulação ao levar parte do PT mineiro para uma aliança com o PSB com o aval do governador tucano Aécio. Por isso, é admirado no Planalto.
O papel de João Paulo em Pernambuco é visto como fundamental para a formação do palanque regional, além de costurar o apoio nacional do PSB do governador Eduardo Campos para Dilma. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ainda não desistiu de sair candidato pela legenda.
No Paraná, as articulações em torno do palanque regional são mais claras. A presidente do PT no estado, Gleisi Hoffmann, admitiu à imprensa local que o partido pode até abrir mão do candidato à sucessão do governador Roberto Requião (PMDB) caso seja necessário garantir um palanque forte para a candidatura Dilma.
Os nomes mais cotados do PT para disputar o governo naquele estado são o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo ou o diretor presidente da Itaipu, Jorge Samek.
O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), voltou a defender na última terça (3) a candidatura da ministra e diz que vai apoiá-la na campanha. A mesma opinião tem o seu colega de partido, o ministro do Transporte, Alfredo Nascimento, que deve ser candidato ao governo do Amazonas. No próximo sábado, em Sapezal (MT), a cúpula do partido vai analisar a candidatura Dilma. Ou seja, mais palanques regionais de peso no Norte e Centro-Oeste.De Brasília, Iram Alfaia
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