
Durante toda a visita à sinagoga, Lula usou um quipá – pequeno chapéu em forma de circunferência utilizada pelos judeus como símbolo da religião e para reafirmar o temor a Deus. Sua passagem pelo templo teve o papel de reduzir os efeitos da polêmica sobre a posição do PT em relação ao confronto em Gaza. Em nota assinada pelo presidente nacional da legenda, deputado federal Ricardo Berzoini (SP), o partido condenou os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e comparou a ofensiva às práticas nazistas.
Em discurso ontem na sinagoga, Lula disse que o país não aceita a escalada de violência como solução de diferenças entre os povos e lamentou a morte de civis, mulheres e crianças. Segundo ele, o reconhecimento de um Estado palestino e da existência tranquila do Estado de Israel são condições para uma paz consistente na região. Ele defendeu ainda a participação do Brasil no processo de paz e destacou a convivência pacífica entre árabes e judeus que vivem no país. “O Brasil tem condições e credenciais para participar, junto com outros países, de iniciativas que conduzam a um consenso para superar a violência e a irracionalidade”, disse o presidente.
Holocausto
Lula e diversos políticos visitaram a sinagoga para lembrar o dia internacional em memória às vítimas do Holocausto. “Esta é a quarta vez que venho a cerimônias em sinagogas para lembrar essa data”, afirmou o presidente. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), também participaram da cerimônia. Ao discursar, Serra classificou o holocausto como “uma manifestação do mal absoluto” e Kassab descreveu o fato como “o pior momento da história da humanidade”. A comunidade judaica reconheceu o valor simbólico da visita de Lula. O presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Cláudio Lottenberg, disse que a presença de Lula reforça o laço que o Brasil sempre teve com a comunidade judaica. “O fato de o presidente estar presente pessoalmente reforça esse compromisso”, disse Lottenberg.
No encontro reservado com Serra, Lula se disse preocupado com o setor habitacional, principalmente com o peso do seguro nos financiamentos da casa própria. O presidente disse ainda que o governo federal estuda a criação de um fundo para garantir crédito nessa área, mas não deu detalhes sobre como funcionaria. Atualmente, o seguro habitacional que é incorporado ao financiamento cobre as prestações em caso de morte ou invalidez permanente do mutuário e danos permanentes ao imóvel. “Acho que Lula tem razão e acho que é uma coisa que pode ser explorada para reduzir o custo habitacional sem eliminar o seguro, mas eliminando o exagero, já que o impacto do seguro no preço do imóvel é muito alto”, disse Serra no Aeroporto de Congonhas.(press-release Correio Braziliense)
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