terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A cara da sucessão


Depois de 12 dias de férias, bronzeado e muito bem-humorado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem, em São Paulo, do primeiro compromisso público de 2009, a abertura da Couromoda, a maior feira do setor calçadista do país, acompanhado da ministra-chefe da Civil, Dilma Rousseff. Apontada como a preferida de Lula para disputar a eleição presidencial de 2010, ela mostrou visual moderno.Roubou a cena. Maquiada e com ar confiante, Dilma exibiu um corte de cabelo arrojado, com pontas levemente repicadas e tom mais avermelhado. Mas não fez discurso.

Lula visitou os stands da feira e assistiu ao desfile de bolsas, sapatos e acessórios que teve como estrela principal a apresentadora e atriz Fernanda Lima. Ficou sentado entre o governador José Serra (PSDB) e Dilma, e foi presenteado com dois pares de sapatos: um italiano e outro produzido em Franca, no interior paulista. Isso provocou trocas de comentários irônicos entre o presidente e o governador Serra, que acabou sem presente.

Já o discurso foi concentrado nos rumos da economia brasileira e nas medidas a serem anunciadas em breve contra a crise mundial.

Essa foi a primeira aparição de Dilma desde que ela se submeteu a uma cirurgia em uma clínica de Porto Alegre (RS), em dezembro. O Palácio do Planalto e o médico responsável pelo procedimento silenciam sobre o assunto. Comenta-se que ela teria feito uma bioplastia, cirurgia plástica menos agressiva. A diferença é nítida. O rosto da ministra está com ar mais jovial, com menos rugas de expressão ao redor dos olhos e da boca.


A mudança de Dilma agradou a profissionais do ramo. Professor de uma faculdade de São Paulo, o estilista Marcio Banfi lida com a indústria da moda há 12 anos. Ele chamou a atenção para um detalhe que Dilma bateu pé em não mexer: a sobriedade das roupas. Ontem não foi diferente. A ministra vestia um comportado terninho e usava o inseparável colar de pérolas. Nos lábios, o clássico batom vermelho. “Ela está repaginada sim, acho que fez um lifting ou aplicação de botox. Mas estava bem vestida para a idade que tem: o terninho no tom certo, bem cortado e de bom gosto. E o colarzinho, meio para não errar”, analisou.

O professor também elogiou o novo corte de cabelo. “Ela está investindo num visual mais jovem há pelo menos três meses e agora também apareceu com o cabelo repicado e pintado de vermelho. Já está conseguindo agradar mais, pode ser que esteja mesmo apostando num visual de candidata. Afinal, ela é uma senhora, uma política, não poderia ficar louca e pintar o cabelo de louro branco, toda modernosa, completou.

Sapatada na imprensa?


Na abertura da Couromoda, maior feira do setor calçadista no país, o Presidente Lula “armou-se” com um dos sapatos expostos e, em tom de pilhéria, ameaçou jogá-lo nos jornalistas que cobriam sua visita ao evento. A brincadeira parodiava o ataque do jornalista iraquiano Muntazer Al Ziadi contra o presidente dos EUA, George W. Bush, em dezembro passado.

O Presidente foi espirituoso e rápido ao ser obrigado a responder uma pergunta sobre o significado da sapatada mirada nos repórteres: “Eu não fui dar uma sapatada, eu apenas me precavi para vocês não darem em mim antes”, disse, sorrindo.

Já a sapatada disparada contra Bush teve motivo bem mais sério. O presidente norte-americano visitava o Iraque pela última vez estando ainda no poder. No meio da entrevista coletiva, depois de ouvir que a invasão de seu país pelo EUA havia sido necessária, Al Ziadi levantou-se, gritou “é o beijo de despedida, seu cachorro!”, tirou um sapato e o arremessou na direção de Bush, que se esquivou. Já em meio ao tumulto, o repórter tirou o outro sapato e alvejou novamente. Bush se esquivou outra vez.

O episódio correu o mundo rapidamente. Nas 24 horas que se seguiram, um jogo de computador brotou na internet. Os jogadores eram convidados a acertar o presidente dos EUA com um sapato. Mais de 200 advogados iraquianos se ofereceram para defender Muntazer Al Ziadi de graça. O jornalista foi preso pela política iraquiana e vai responder processo.

A Baydan Shoes Company, indústria turca fabricante do sapato jogado contra Bush, recebeu encomendas de 300 mil pares iguais aos usados por Al Ziadi. Grande parte delas oriundas dos Estados Unidos, onde o atual presidente encerra um dos mandatos mais impopulares da história do país.(Com informações do Correio Braziliense)

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