O Brasil ganhou 8,4 mil milionários em 2010, o equivalente a 23 por dia. Com isso, o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão chegou a 155,4 mil em dezembro, num crescimento de 5,9% sobre o ano anterior. Os dados constam do relatório anual sobre a riqueza no mundo elaborado pelo Banco Merrill Lynch e pela consultoria Capgemini. Com o resultado divulgado ontem, o país manteve, pelo segundo ano seguido, na 11ª posição do World Wealth Report 2011, superado pelos emergentes China e Austrália. O levantamento considera apenas os ativos disponíveis para investir, excluindo as residências onde se vive e os bens de consumo duráveis.
Os resultados reforçam outros relatórios divulgados recentemente. A Wealth-X — empresa de pesquisa focada no público formado por indivíduos com patrimônio superior a U$ 30 milhões — informou que o Brasil tem quase um terço dos 15.125 milionários da América Latina. No ranking de bilionários da revista Forbes, divulgado em março, a lista de brasileiros saltou de 18 para 30, com recém-chegados, como o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual; o dono da Amil, Edson de Godoy Bueno; e as famílias Villela e Moreira Salles, do Itaú Unibanco. O homem mais abastado do país é Eike Batista, com patrimônio de US$ 30 bilhões.
A pesquisa do Merrill Lynch mostrou que o total de milionários no mundo aumentou 8,3% em 2010, para 10,9 milhões de pessoas, retomando o patamar de 2007, ano anterior à crise global. Seus ativos financeiros subiram 9,7%, para US$ 42,7 trilhões. Estados Unidos, Japão e Alemanha concentram 53% desses cidadãos. Deles, 3,1 milhões são norte-americanos (28,6%). A oscilação mais relevante foi da Índia, que pela primeira vez apareceu entre os 12 primeiros, com 153 mil milionários, logo atrás do Brasil. A Itália foi o único país que perdeu espaço entre os primeiros, caindo da 9ª para a 10ª colocação.
A população mundial dos chamados ultrarricos, com mais de US$ 30 milhões, cresceu ainda mais: 10,2%, com riqueza 11,5% maior. "Os últimos anos viram grandes oscilações nos níveis de riqueza e da população mais rica", comentou John Thiel, diretor de Investimentos do Merrill Lynch nos EUA. O estudo mostrou, ainda, que jovens e mulheres têm ampliado a presença entre os milionários. O número de pessoas com 45 anos ou menos subiu de 13% para 17%, enquanto o de mulheres, de 24% para 27%.
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