O Palácio do Planalto comemorou ontem a eleição de José Graziano para o cargo de diretor-geral da FAO. Em nota, a presidente Dilma Rousseff afirmou ter recebido a decisão com "enorme satisfação" e afirmou que a eleição foi "o reconhecimento pela comunidade internacional das transformações socioeconômicas em curso em nosso País".
O resultado é a primeira vitória de uma aposta internacional do Brasil, depois de algumas derrotas e frustrações em outras candidaturas. Ainda durante o governo Lula, o Brasil perdeu postos na Organização Mundial do Comércio (OMC) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de ter desistido de uma chance real de conquistar a direção-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em um movimento diplomático até hoje pouco compreendido.
Em 2009, uma candidatura brasileira na Unesco era dada como certa. Mas, apesar do apoio ao Brasil por parte de diversos países, o Itamaraty preferiu apoiar o candidato do Egito, ex-ministro da Cultura Farouk Hosny, acusado de antissemita por EUA, Europa e Israel, e sem apoio dos demais países árabes.
Desta vez, a campanha brasileira pelo cargo na FAO revelou-se acertada. O fato de o Brasil já ter feito cooperações na área com diversos países africanos e latino-americanos pesou a favor. "Estamos implementando aquilo que acreditamos, aquilo que sabemos fazer bem internamente. Já cooperamos com a nossa região, com a África e agora esperamos, com essa eleição, fazer em uma escala mais ampla e mobilizar a comunidade internacional", afirmou o chanceler brasileiro Antonio Patriota, em entrevista a tevê alemã Deutsche Welle.
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