segunda-feira, 24 de maio de 2010

PT vê consolidação de voto no Datafolha

Mais do que o crescimento da intenção de voto em sua candidata, a ex-ministra Dilma Rousseff, a direção do PT detectou na pesquisa Datafolha, divulgada no fim de semana, a tendência de "consolidação de voto" no espectro eleitoral mais identificado com o partido e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Satisfeito com o salto de sete pontos percentuais de Dilma na nova sondagem do Datafolha, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, aponta a disposição demonstrada pelos eleitores na resposta espontânea. "Quando se soma a intenção de voto na Dilma, no PT, em Lula e no candidato de Lula, temos mais de um quarto do eleitorado. Isso significa um voto mais consolidado", analisa Dutra. Somadas as quatro alternativas espontâneas, a petista registra 28% das intenções.

Quando se considera apenas a opção entre os três principais candidatos, Dilma passou de 13% para 19% na comparação com a pesquisa de meados de abril. O candidato tucano José Serra subiu de 12% para 14% e a senadora Marina Silva (PV), de 2% para 3%. "Não comemoro porque é apenas um retrato do momento, mas a pesquisa mostra que estamos no caminho certo", disse o presidente do PT. "A Dilma ficou mais conhecida e aumentou a intenção de voto para ela".

No resultado estimulado, a candidata petista chegou aos mesmos 37% registrados pelo ex-governador paulista José Serra, cujo desempenho recuou cinco pontos no período. Marina continuou com 12% da última sondagem. No cenário com outros oito candidatos, Dilma e Serra figuram com 36% e Marina fica com 10%. Apenas José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU) obtêm 1% cada um. Os demais candidatos não pontuaram.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), atribuiu o resultado da pesquisa à participação do presidente Lula na "propaganda partidária ilegal". O conteúdo do programa de TV do PT levou a Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a multar Dilma e o partido. O senador avaliou, ainda, que os discursos do presidente Lula no 1º de Maio e durante rede nacional de rádio e TV ajudaram Dilma a aumentar sua exposição. "Serra deve chegar na campanha liderando e, na comparação, a gente leva vantagem", afirmou Sérgio Guerra. Em campanha no interior de São Paulo, José Serra disse que "pesquisa vai e vem" e preferiu não comentar os resultados da sondagem.

A pesquisa Datafolha mostrou, ainda, que a candidata do PT reduziu seu índice de rejeição, que recuou de 24% para 20%. No caminho inverso, a rejeição ao nome de José Serra subiu de 24% para 27%. Marina teve a melhor performance, tendo reduzido o índice de 20% para 14%.

Em Salvador, a candidata Marina Silva também viu motivos para comemorar. Após lançar candidatos do PV ao governo e ao Senado, afirmou que a "a sociedade brasileira está se dispondo a romper o plebiscito" proposto pelo embate Dilma-Serra. "Estamos ainda no começo e tem muita água para rolar embaixo dessa ponte", disse. "Processo político é feito pelos debates, pelo desempenho de cada candidato em relação a seus projetos, suas propostas, o testemunho de vida e a trajetória de cada um". Marina disse que a sociedade brasileira está fazendo suas escolhas "progressivamente" ao conhecer melhor os candidatos. (Com agências noticiosas)

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