quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Visita de Temporão à China rende acordo para fabricação no Brasil de 6 remédios de última geração

A missão brasileira liderada pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que está na China desde o início da semana com objetivo de estreitar as relações comerciais no setor produtivo da Saúde entre os dois países, já apresenta os primeiros resultados.

Nesta quarta-feira (9), a EMS, maior farmacêutica brasileira, assinou um acordo de transferência de tecnologia com o laboratório chinês Shanghai Biomabs para a fabricação no Brasil de seis produtos biotecnológicos de última geração.

Dentre os produtos estão os chamados anticorpos monoclonais, medicamentos biológicos com indicação para tratamento de doenças graves e de alto custo em seus tratamentos, especialmente cânceres diversos, artrite reumatoide e osteoporose, entre outras.

O primeiro produto alvo dessa parceria será o Etanercepte, cuja indicação principal é a artrite reumatóide, e que hoje gera gastos anuais da ordem de R$ 80 milhões ao Ministério da Saúde, principal comprador do medicamento.

“A entrada de uma empresa brasileira neste mercado ampliará a concorrência, o que deverá levar à redução do preço do medicamento, uma vez que hoje ele é fornecido ao Brasil por apenas uma fabricante multinacional. Além disso, a transferência de tecnologia fortalece o complexo industrial brasileiro e contribui para a redução da nossa dependência externa em relação à tecnologia de ponta em saúde”, afirma o ministro Temporão.

Estima-se que 850 mil pessoas sofram de artrite reumatóide no país. Cada ampola de 50 mg do medicamento custa hoje ao ministério R$ 708,00. Levando-se em conta que o tratamento mensal é composto por quatro ampolas, o custo do tratamento por cada paciente chega a custar à pasta, mensalmente, R$ 2.832,00.

Até o mês passado, o ministério financiava 90% do valor do remédio por meio de transferência de recursos aos estados, aos quais cabia sua aquisição.

Portaria recém-publicada pelo Ministério da Saúde transfere para a pasta a responsabilidade pela compra centralizada deste medicamento, o que deverá trazer uma economia de R$ 29 milhões ao ano para os cofres públicos. Leia mais aqui.

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