quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Lula pede aliança por Ciro em SP

Presidente criticou ala do PT paulista contrária ao nome de deputado do PSB na cabeça de chapa

O Presidente Lula voltou a alfinetar seu  partido que ainda resistem em firmar uma ampla aliança encabeçada pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) na disputa do governo de São Paulo. “Antes a gente perdia as eleições porque o PT era metido a besta, não fazia aliança política e aí juntava mil vereadores contra nós e a gente sempre perdia”, disse ontem ao lado do prefeito de São Bernardo do Campo, Luís Marinho (PT), um dos principais defensores da candidatura Ciro.

Lula já havia apontado como erro estratégico do PT jamais ter repetido um candidato ao Palácio dos Bandeirantes. Na semana passada, o presidente criticou a linha de alianças do partido no Estado, segundo ele sempre “pela esquerda” e sem nunca ter conseguido superar o patamar de 30% das intenções de voto. Ele defende um acordo entre o seu partido e o PSB, com Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência, para disputar a sucessão paulista. Líderes petistas repudiam proposta que exclua o PT da cabeça de chapa nas eleições estaduais.

Lula apontou a experiência do petista que hoje governa a cidade onde ele despontou no cenário político para reforçar a importância do pacto. “Marinho, mais adulto e matuto, mais do interior, construiu uma aliança política e foi procurar vários partidos que o ajudaram a elegê-lo prefeito de São Bernardo. Deus deu sua ajuda, agora depende de nós”.

Marinho disse que acredita na formação da chapa apoiada pelo PT e encabeçada por Ciro. Segundo ele, a dificuldade do partido com alianças faz parte do passado. “No governo de São Paulo estamos trabalhando fortemente para a construção de uma aliança para o ano que vem. Eu particularmente enxergo a possibilidade da costura da maior aliança no Estado de São Paulo na história do PT. Uma das possibilidades é com Ciro na cabeça de chapa”, afirmou.

Ao lado do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), durante inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade do ABC paulista, Lula negou que faça distinção na distribuição de verbas para cidades e Estados governados por políticos de partidos da oposição. “Seja de qualquer partido, se o povo precisa, a gente tem mais é obrigação de fazer, porque não se pode deixar de dar comida para o porco porque não se gosta do dono”.

Lula disse ainda que, em sua gestão, a Caixa Econômica Federal bateu o recorde de construção de casas populares que pertencia ao governo do ex-presidente João Baptista Figueiredo, o último da ditadura militar. “A história a gente não pode negar. Mas passamos o recorde do Figueiredo em 2008 e temos 2009 e 2010”, concluiu.

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