terça-feira, 23 de setembro de 2014

Produção de biocombustível no país cresceu 8% este ano


O Ministério de Minas e Energia (MME) informou hoje (23) que a produção brasileira de biocombustível em julho atingiu o maior volume mensal de 2014, com 302 mil m³, quantidade 26% maior do que a produzida em junho deste ano (238 mil m³). Com isso, a produção atingiu 1.793 mil m³ no acumulado do ano, um crescimento de 8% em comparação ao mesmo período em 2013. Os dados são do Boletim Mensal de Combustíveis Renováveis nº 79, divulgado mensalmente pelo Departamento de Combustíveis Renováveis do MME.

A capacidade instalada de produção de biodiesel se manteve praticamente estável em julho, com 7.538 mil m³/ano. Dessa capacidade, 91% dos produtores são empresas detentoras do selo Combustível Social, criado para estimular a inclusão social na agricultura dentro da cadeia produtiva do biodiesel. Quanto ao etanol, o boletim aponta que a produção do combustível no mês de julho (safra 2014/2015) foi de 3,4 bilhões de litros. Foram consumidos no mês 1,91 bilhão de litros de etanol, em patamar similar ao de junho deste ano.

O aumento na produção de biocombustível foi alavancado com o início da mistura B6 (6% de biodiesel) no diesel, que está em vigor desde o dia 1º de julho. A partir de 1º de novembro, a mistura será elevada para 7%. O objetivo é fortalecer a indústria nacional de biocombustível ao assegurar mercado e melhorar a rentabilidade. Cada ponto percentual representa aumento de 600 milhões de litros na demanda pelo biocombustível. Além disso, a integração da matriz energética com o setor da agricultura familiar permite desenvolvimento para os produtores.

Consumo

O consumo de biodiesel em 2013 foi de 2,9 bilhões de litros. Já em 2015, com a mistura B7, a expectativa é de um acréscimo de 1,2 bilhões de biodiesel, totalizando 4,2 bilhões de litros.

Segundo o relatório “Benefícios Ambientais da Produção e do Uso do Biodiesel”, da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel, em comparação ao diesel mineral, a cadeia de biodiesel emite 70% menos CO2 equivalente em seu ciclo de produção e distribuição. Atualmente, a redução das emissões de gases de efeito estufa, com a adição de 5% de biodiesel ao diesel, foi de 3,5%.

Além disso, o país ganha na geração de mais empregos e renda, pois a mudança na quantidade de biodiesel na mistura impacta no desenvolvimento regional, na fixação do pequeno agricultor no campo e no seu aperfeiçoamento tecnológico.

A previsão é que quando a mistura chegar a 7%, o impacto positivo no PIB nacional seja de R$ 13 bilhões, com acréscimo de 0,053% no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o que representa um fator favorável na economia nacional. Esses dados são do relatório da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encomendada pela Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).

Incentivo
A presidenta Dilma Rousseff enviou, em maio deste ano, Medida Provisória elevando a adição obrigatória de biodiesel ao diesel para 6% a partir de julho, e para 7% a partir do dia 1° de novembro. O objetivo é fortalecer a indústria nacional de biocombustível, assegurando mercado e melhorando a rentabilidade. Com a nova regra, o Brasil se tornará o 2º maior mercado produtor mundial de biodiesel. A maior adição de biodiesel na mistura dos combustíveis também significa menos emissões de poluentes.

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