Três acidentes de trânsito em São Paulo ganharam a atenção do público. Não só porque houve duas mortes (são quase quatro por dia nas ruas da cidade), mas também porque jovens com dinheiro e carrões importados estiveram envolvidos.
Toda morte no trânsito é estúpida. Não importa se a vítima é um pedestre no Capão Redondo ou um transeunte no Itaim Bibi. Mas alguns acidentes chocam além da conta por causa da irresponsabilidade dos motoristas, mais revoltante quando se trata de gente com estudo e recursos.
O engenheiro Marcelo Malvio Alvez de Lima, de 36 anos, tem um Porsche. Numa madrugada dessas, acelerou demais e bateu no Tucson da advogada Carolina Cintra Santos, 28, que não respeitou o sinal fechado e morreu. Lima recusou-se a soprar o bafômetro.
O engenheiro Roberto de Souza Lima, 34 anos, anda em um Land Rover blindado. Sua namorada, a nutricionista Gabriella Guerrero Pereira, 28, diz ter perdido o controle do jipe, atropelando e matando o administrador Vitor Gurman, 24, numa calçada da Vila Madalena. Os dois passageiros tinham consumido álcool.
O administrador João Luis Raiza Filho, 30 anos, destruiu há quatro anos uma Ferrari F430. Agora, foi a vez de um Camaro. Nu da cintura para baixo, levava no banco do carona uma garrafa vazia de uísque. Nos dois casos, saiu ileso e não fez nenhuma vítima.
Entre o primeiro acidente e os dois últimos, a PM decidiu intensificar os comandos da Lei Seca. Só na capital, 5.443 motoristas foram submetidos num fim de semana ao bafômetro: 160 foram autuados e 66, detidos.
Quem enche a cara e sai dirigindo assume o risco de matar. Se não forem impedidos, com punições mais rigorosas, os inocentes continuarão morrendo. Agora
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