O Ministério Público Federal no DF (MPF/DF) denunciou à Justiça, por corrupção ativa e violação de sigilo funcional, a advogada Maria Cristina de Souza Rachado, defensora de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A denúncia foi entregue à12ª Vara da Justiça Federal no DF na última sexta-feira, 12 de agosto.
Junto com Sérgio Weslei da Cunha, advogado de outro integrante do PCC, Maria Cristina é acusada de pagar propina a um funcionário terceirizado da Câmara dos Deputados para obter, ilegalmente, cópia da gravação da audiência reservada realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Armas, em 10 de maio de 2006.
Na sessão secreta, os delegados Godofredo Bittencourt Filho, então diretor do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado da Polícia Civil de SP, e Ruy Ferraz Fonte, delegado titular da 5ª Delegacia de Roubo a Bancos da Polícia Civil de SP à época, prestaram informações sobre o crime organizado no estado.
De acordo com a investigação, o operador de áudio Arthur Vinícius Pilastre Silva – também denunciado por corrupção passiva e violação de sigilo funcional – recebeu R$ 200 para entregar cópia dos depoimentos aos advogados. O material foi repassado a Marcola, que utilizou o conteúdo para incitar rebeliões nos presídios paulistas entre os dias 12 e 15 de maio de 2006.
A pena para os crimes de corrupção ativa e passiva variam de dois a doze anos de prisão, além de multa. Para o crime de violação de sigilo funcional, a pena é de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Os autos do inquérito policial foram encaminhados ao MPF/DF, a seu pedido, em 4 de agosto. O caso será julgado pela 12ª Vara da Justiça Federal no DF.
A íntegra da denúncia não será divulgada para preservar dados sigilosos da CPI do Tráfico de Armas.
É por esse tipo de comportamento que a figura do advogado está tão associada com a do político. A enormidade de piadas na internete em relação a essa categoria é cada vez maior e cada vez mais diminui o seu quilate moral. A quantidade de juízes, desembargadores e advogados envolvidos com propina, desvio de dinheiro publico, gestão fraudulenta no judiciário, vendas de sentença(relações promíscuas entre advogados e juízes, agentes penitenciarios, diretores de presídio etc.); tudo isso causado pela rainha do Brasil chamada IMPUNIDADE, deixou o nosso Judiciário e sistema penitenciário em frangalhos. Por exemplo, é inadimissível que em pleno século XXI um juiz possa matar, roubar estuprar, praticar pedofilia, vender sentenças entre tantas aberrações e ter como pena máxima uma polpuda aposentadoria. Na minha modesta opínião pessoas que são coniventes ou apoiam esse tipo de lei, carrega, também, o peso da culpa. Mas niguém se iluda a justiça de Deus tarda mas não falha.
ResponderExcluirGrande abraço,
Lucio Valter F Dias