domingo, 15 de maio de 2011

O cabide de Kassab

O ex-vice-presidente da República Marco Maciel recusou, depois de alguma demora, a boquinha que o prefeito Gilberto Kassab tinha lhe oferecido

Boquinha é pouco. Para ocupar os cargos de "conselheiro administrativo" nas empresas municipais CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e na SPTuris (São Paulo Turismo), o político pernambucano receberia R$ 12 mil mensais.

Em troca, Maciel teria de aderir ao novo partido de Kassab, o PSD. A nomeação já tinha saído no "Diário Oficial" da Cidade. Porém Maciel pensou melhor e resolveu continuar no seu partido de sempre, o DEM velho de guerra.

Afinal de contas, ele nunca morou em São Paulo, nunca entendeu de trânsito, ao que se saiba, e, se for para ajudar o turismo em São Paulo, poderia ser acusado de estar traindo a beleza das praias de seu Estado.

De tráfego e de turismo, quem parece entender muito bem é o próprio prefeito Kassab. Turismo partidário, e trânsito intenso pelas vias da política, com efeito.

Kassab foi secretário de Celso Pitta, virou vice de Serra (PSDB) como representante do DEM na chapa para a prefeitura, e resolveu criar um partido próprio, o PSD. Segundo se especula, a sigla serve principalmente como trampolim para quem quiser sair da oposição e aderir ao governo Dilma.

Poucas vezes se viu um pacote de férias tão barato quanto o proposto por Gilberto Kassab. Cerca de R$ 12 mil para descansar como conselheiro numa estatal seria, como dizem as agências de turismo, uma "ocasião inesquecível".

A cidade se orgulha de acolher brasileiros de todas as regiões. Mas em geral as pessoas vêm aqui para trabalhar. Agora

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