No seu encontro de anteontem, em Brasília, com o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, a presidente Dilma Rousseff teria afirmado que considera o caça F-18, da Boeing, o melhor entre os três modelos candidatos a substituir a frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Os outros dois são o Rafale, da empresa francesa Dassault, e o Gripen, da sueca Saab.
A informação foi dada pela agência Reuters. Dilma, segundo o texto, só estaria esperando as garantias de transferência de tecnologia - questão-chave para o acordo. Normalmente, essa condição é vetada pelas leis dos Estados Unidos ou, se for o caso, derrubada pelo Congresso daquele país. Dilma teria manifestado a Geithner sua preocupação com essa transferência, indispensável para que o Brasil possa desenvolver sua própria indústria de defesa.
Em Paris, o jornal Le Monde divulgou com destaque a notícia da Reuters, que chamou de "uma novidade ruim". Diz que a revelação teria sido passada "por uma fonte próxima do dossiê (da FAB, sobre o processo de escolha)". E o jornal prossegue: "A nova presidente do Brasil teria declarado que o F-18 seria superior aos dois outros finalistas". Ao final da nota, lamenta o fato de que "a venda desses aviões é um folhetim que parece jamais terminar para a Dassault".
Negativa. Informado do episódio, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, negou ontem ao Estado que a presidente Dilma Rousseff já tenha dado uma opinião final sobre qual dos três modelos será o escolhido. Jobim voltou a lembrar que o assunto - que está na pauta do Planalto desde o início do primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - continua na mesa da presidente. O martelo só será batido, segundo Jobim, depois de encontro com o Conselho de Defesa Nacional, a exemplo do que já tinha sido feito na compra de submarinos pelo Brasil.
A informação corrente, no Planalto, é que a presidente não manifestou sua preferência por nenhum modelo. De acordo com alguns de seus auxiliares diretos, ela não fez nenhuma avaliação na conversa com Geithner .
A modernização da frota da FAB prevê a compra de 36 novos caças, a um valor estimado em US$ 6 bilhões.Reuters
Se não comprar essas latas de sardinha do diabo, o corte no orçamento será de 6 bi a menos, e tem mais com o jobim no ministério da defesa, adivinhem quem vende as latas de sardinha para o brasil?
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