quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

José Serra culpou a presidente Dilma, mas em São Paulo...Rios transbordam e SP revive o caos


A  chuva registrada no fim da tarde em São Paulo resultou em mais de 200 casas inundadas e em cerca de 50 carros ilhados nas cidades de Santo André, Mauá e São Bernardo do Campo, na Região do ABC. O excesso de água deixou ainda o trânsito da capital parado em vários pontos da cidade e o Aeroporto de Congonhas fechado por mais de três horas. Na Região do ABC, a inundação foi provocada pelo transbordamento do rio Tamanduateí e de mais três córregos afluentes.

Em Santo André, o nível da água subiu mais de um metro de altura e começou a cobrir os carros que estavam parados no trânsito, na Avenida dos Estados, a principal da cidade. As pessoas que estavam dentro dos carros ficaram desesperadas e subiram para o teto dos veículos à espera do resgate feito por helicópteros da Polícia Militar. Algumas pessoas insistiam em ficar nos carros que, aos poucos, foram tomados pela água e levados pela correnteza. “Um grande problema é que algumas pessoas não querem sair de dentro do carro com receio de morrerem afogadas ou por acharem que estão mais seguras no interior do veículo”, diz o sargento do Corpo de Bombeiros Edgar Assumpção.

Em outro ponto de Santo André, os helicópteros resgataram pessoas que estavam ilhadas em ônibus que circulavam no Centro da cidade na hora em que a chuva estava mais forte. Pelo menos três coletivos ficaram com água até o piso e a forte correnteza fazia com que os veículos balançassem, causando pânico e gritaria. “Alguns passageiros saíram pela janela e nadaram até a calçada do outro da rua”, contou o sargento Assumpção. O resgate das vítimas foi ainda mais complicado por conta dos ventos fortes também registrados na Região do ABC. O helicóptero da Polícia Militar recorreu a uma corda e a uma cesta de náilon, idêntica à usada pelos salva-vidas nas praias para resgatar banhistas que correm risco de afogamento. No caso de São Paulo, as vítimas da inundação foram levadas para uma quadra de esportes.

Tudo parado
Em São Paulo, a pista central da Via Anchieta, que leva o paulistano ao litoral, foi bloqueada entre os quilômetros 10 e 14. Isso porque o nível do rio Ribeirão dos Couros ficou tão alto que começou a transbordar. O trecho interditado fica na região de São Bernardo do Campo. Os veículos que trafegavam na pista no momento da interdição ficaram parados no meio da rua esperando o nível do rio baixar.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a Região Metropolitana de São Paulo teve 15 pontos de alagamento às 18h. Só na capital, cinco pontos ficaram intransitáveis. Na Zona Sul, por exemplo, as avenidas Interlagos e M"Boi Mirim foram tomadas pela água em quatro pontos, travando o trânsito. Já o Corredor Norte-Sul, no momento do temporal, teve 7,25 quilômetros de congestionamentos nos dois sentidos.

O Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital paulista, teve de ser fechado em razão da chuva. Já o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, operava em modo visual, apesar da chuva que atingia a cidade. O terminal registrou chuva forte acompanhada de rajadas de vento de 58 quilômetros por hora.


Estragos esperados
Centro de Santo André foi uma das áreas mais afetadas pela água
A chuva intensa de ontem em São Paulo já era esperada pela Defesa Civil e pelo Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). Tanto que a capital entrou em estado de atenção às 16h, quando uma nuvem escura cobriu toda a cidade, acendendo até a iluminação das ruas. Às 18h30, as zonas Leste, Sudeste e Sul, além da Marginal Pinheiros, também estavam na mesma condição.

Assim que o temporal desabou, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da prefeitura acionou o plano emergencial de atendimento as enchentes. Os agentes de trânsito que estavam em serviço foram deslocados para monitorar os principais corredores de trânsito e os locais com maior possibilidade de alagamento, como as marginais Tietê e Pinheiros, o Vale do Anhangabaú e os entornos dos rios Tamanduateí, Aricanduva, Ipiranga e Pirajussara.

A Central de Operações da CET solicitou o reforço das equipes de campo. As equipes ficaram de prontidão, efetuando bloqueios e desvios em ruas alagadas; operando semáforos apagados por falta de energia; e acionando equipamentos e operações especiais de trânsito para que as chuvas e problemas ocasionados por elas não colocassem em risco pedestres e motoristas. A previsão para hoje é de mais chuva forte em São Paulo e na Região do ABC.

Segundo um estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) sobre as áreas de risco na capital paulista, 115 mil pessoas vivem em regiões inadequadas na cidade. Pela manhã, antes do temporal, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ressaltou que as secretarias municipais ainda estão analisando os dados apresentados. De acordo com ele, uma reunião marcada para a próxima semana vai definir quais medidas serão tomadas para minimizar os riscos. “Nos próximos dias, a Secretaria do Desenvolvimento Urbano vai reunir todos os secretários que estão estudando o impacto dessas áreas de risco na cidade para definir as necessidades de ações e investimentos”, disse Kassab. (UC)

Um comentário:

  1. Reunião próxima semana é demais,haja verniz,se fosse lá no Rio , o PIG estava massacrando a demora.

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