quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Brasil exporta programas contra fome e pobreza para países da Europa, África e Américas

As ações de transferência de renda e combate á fome aplicadas no Brasil foram consideradas as maiores do mundo nesta terça-feira (21), pelo jornal britânico The Guardian. O jornal replicou em inglês matéria publicada dias antes, pelo francês, Le Monde. Segundo o texto, “a principal medida responsável pelo resgate de 27,3 milhões de brasileiros da extrema pobreza foi a subvenção de crédito, em forma de cartão, para famílias que vivem com menos de R$ 1,80 por dia”.

Vinte e cinco países já buscaram informações para implantar programas de transferência de renda e combate á fome similares aos brasileiros, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). São eles: África do Sul, Alemanha, Angola, Benin, Bolívia, Canadá, China, Colômbia, Cuba, Egito, Itália, Malásia, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Noruega, Panamá, Paraguai, Peru, Suécia, Timor Leste, Turquia, Venezuela e Zâmbia.

O modelo, disseminado pelo mundo por meio de entidades como as Nações Unidas, está sendo exportado para diversos países com problemas semelhantes ao do Brasil, principalmente, os da África. Além disso, tanto o Programa das Nações Unidas para a Infância e Juventude (Unicef) como o Banco Mundial exaltam o Programa Bolsa Família como um exemplo a ser seguido.

Brasil também criou instrumentos de cooperação ou entendimento com outros 25 países e organizações internacionais como África do Sul, Angola, Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Cuba, Egito, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Ibas (fórum de cooperação Sul-Sul), Índia, Itália, Líbano, México, Moçambique, ONU, Panamá, Paquistão, Peru, Senegal, União Européia, Venezuela e Vietnã.

A notícia do The Guardian (o Guardião, em inglês) antecedeu a apresentação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Márcia Lopes, na Cúpula das Nações Unidas sobre as Metas do Milênio, nesta terça-feira (21), em Nova York. A reunião dos líderes mundiais antecede a Assembléia Anual Geral da ONU, que vai examinar o caminho percorrido desde 2000, quando o planeta impôs-se a meta de reduzir a pobreza pela metade até 2015.

Na ocasião, a ministra comemorou o reconhecimento do Brasil como referência no combate à fome e à pobreza. “O programa Bolsa Família é reconhecido mundialmente pelo seu impacto, pelo seu desenho pelo seu alcance. São 12, 6 milhões de famílias que hoje não só recebem renda básica complementar ao orçamento doméstico, mas que também faz o acompanhamento das famílias na escola, na saúde, não permitindo que haja crianças no trabalho infantil e inserindo, cada vez mais, as famílias nas atividades de inclusão positiva, de qualificação profissional. Enfim, é um programa que integra inúmeras políticas públicas, por isso mesmo, é reconhecido mundialmente”, afirmou a ministra.

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