A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, disse neste sábado (7), em encontro com jovens na sede da Central Única de Favelas (Cufa), na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, que as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) são uma iniciativa que deve se "levar a todos os cantos do País". As UPPs são bases implantadas pela polícia fluminense dentro de favelas dominadas pelo tráfico, com a intenção de reduzir o crime em regiões mais violentas.
O governador e candidato à reeleição, Sérgio Cabral (PMDB), citou seu nome e do Presidente Lula como parceiros na implantação das unidades. Dilma afirmou que o governo federal auxiliou governo do Rio de Janeiro a pacificar favelas através de programas como o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de reforçar o contingente policial com a Força de Segurança Nacional. "Esse que era um território de guerra foi transformado em um território de paz", disse ela, em relação a Cidade de Deus.
Aborto
Ainda na Cufa, Dilma afirmou ser contra o aborto, mas relativizou a questão. "Não há uma só mulher que seja a favor, porque é uma violência muito grande dentro da mulher". Ela acrescentou, entretanto, se opor a que "enquanto mulher rica e de classe média são atendidas em clínicas, com segurança, as mais pobres passam por técnicas abortivas de grande violência, até com agulhas de tricô, pondo em risco sua vida".
Ao elogiar Sérgio Cabral, Dilma ainda deu uma alfinetada no ex-governador Anthony Garotinho (PR), com quem trocara elogios em abril, quando ele ainda tentava seu apoio para se candidatar novamente ao cargo - acabou se lançando a deputado federal. "Ele (Cabral) não se conformou com a forma que recebeu o Estado", disse.
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