O ritmo da devastação da floresta amazônica parece ter sofrido uma redução nos últimos 12 meses. O governo anunciou ontem uma freada de 49% no desmatamento da Amazônia até junho. Nesse período, foram derrubados 1.808 quilômetros quadrados, equivalente à soma das áreas dos municípios do Rio e Salvador.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pelo sistema de detecção rápida (Deter), informou que deixaram de ser desmatados 1.728 km2 nesses 12 meses, a área igual aos municípios de São Paulo e Belo Horizonte somados. Os "campeões do desmatamento" no período foram os Estados do Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. O sistema monitorou 777 municípios.
Embora as motosserras tenham "poupado" esse território até aqui, o Inpe fez importante alerta: o Deter tem precisão de apenas 40%. "A nossa indicação é de tendência de queda. A magnitude disso ainda não se sabe o quanto será. Não é correto dizer, com certeza, que houve queda de 49%. Não temos garantia de que vimos tudo por conta dos pequenos desmatamentos", afirmou o diretor do Inpe, Gilberto Câmara. Ou seja, a devastação deve ter sido maior do que foi possível detectar pelo sistema.
Mesmo assim, as taxas estão em trajetória descendente desde 2004. O Inpe projeta desmatamento de 4 mil km2 em 2010, o que ficaria abaixo do limite de 9 mil km2 assumido como meta na conferência do clima em Copenhague.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, admitiu que esses "puxadinhos", áreas de destruição inferiores a 25 km2, têm aumentado tanto que já significam 60% do total das derrubadas. "O que o Inpe nos mostra é que havia uma tendência de desmatamento acima de mil hectares no passado. Esse desmatamento caiu. Os pequenos desmatamentos têm subido. Eram da ordem de 20%, em 2002, e hoje já chegam a 60% do total do patamar registrado", disse.
Em junho deste ano, a devastação da Amazônia bateu em 244 km2, resultado 58% inferior ao registrado no mesmo mês de 2009 - área quase igual ao município de Curitiba. Os maiores desmatamentos foram identificados no Pará (161 km2), Mato Grosso (36,5 km2) e Amazonas (24 km2).
Ao anunciar os dados, a ministra chamou a atenção para um "aumento residual" de 13% nas derrubadas registradas no Amazonas. O município de Lábrea, que compõe a lista dos 43 municípios "campeões do desmatamento", foi um dos principais polos da destruição. A área de influência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) também sofreu aumento na destruição.
"Não sabemos ainda o que está ocorrendo. Esses dados são para auxiliar no processo de fiscalização. Verificou-se um pico [de desmatamento] em relação ao Amazonas e dirigimos a fiscalização. Estamos avaliando o que ocorre lá para novas operações", afirmou. A ministra disse que esse resultado pode estar ligado à menor cobertura de nuvens neste ano, o que ajudou o satélite a "enxergar" mais destruição. A situação, segundo ela, revelou uma "mudança no perfil" de desmatamento na região.Valor Econômico
O Desmatamento, começou a cair depois que o Presidente Lula, sabiamente mandou Marina Silva passear devido a sua comprovada incompetência administrativa, dando lugar ao notavel Ministro Carlos Minc, que deve ser reconduzido ao cargo num futuro Governo Dilma.
ResponderExcluirA Rede Globo, como sempre, ao comentar este índice, inverteu a noticia e ao mesmo tempo falou em aumento do desmatamento no mês... Não entendí nada !!!!
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