quarta-feira, 28 de julho de 2010

Há 12 anos, PV defendia expulsão de madeireiras, Agora Marina volta atraz

A comparação entre o programa de governo à Presidência apresentado pelo PV em 1998 e em 2010 revela mudanças no partido. As diretrizes divulgadas este ano por Marina Silva evitam propostas polêmicas. Há doze anos, no entanto, Alfredo Sirkis defendia a expulsão de madeireiras asiáticas do país, a participação das Forças Armadas na defesa do ecossistema, a adoção de um "ICMS ecológico" e de um sistema tributário que beneficiasse empresas "sustentáveis".

Sirkis apresentou-se como um candidato "diferente do receituário neoliberal e das concepções atrasadas da velha esquerda" e obteve 212 mil votos, 0,31% dos votos válidos. Foi a última vez que o PV concorreu à Presidência.

Em 1998, o partido propôs a moratória por cinco anos da extração de madeira em regiões críticas e mutirões remunerados para "catação e reciclagem de lixo em comunidades carentes" e "reflorestamento e arborização". Entre as diretrizes estavam a criação de uma ecotaxa municipal, de 0,5%, incidindo sobre tabaco, bebidas alcoólicas e gasolina com recursos destinados a gestão e projetos socioambientais locais; a fusão do Ibama ao Ministério do Meio Ambiente e a "municipalização radical" da saúde, educação, saneamento e transportes.

Naquela campanha, o PV defendeu que as Forças Armadas fossem "reequipadas doutrinária e logisticamente para a proteção da Amazônia, do Pantanal e da Mata Atlântica" e prometeu a substituição do serviço militar obrigatório pela prestação de serviço na área civil. Sirkis é um dos coordenadores da campanha de Marina, mas não há menções sobre as Forças Armadas no programa deste ano.

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