O futuro do conjunto de prédios na Bela Vista (centro) onde funcionou por décadas o hospital Matarazzo continua incerto.
Após associações de moradores e de ex-pacientes anunciarem que a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) havia comprado o imóvel, a Fundação São Paulo, mantenedora da universidade, saiu a público para desmentir a informação.
A reitoria não se manifestou, mas fontes ligadas a ela confirmam o negócio.
O Ministério Público do Estado abriu ontem um inquérito civil para investigar o caso. Segundo Airton Grazzioli, promotor responsável pelas fundações, a PUC-SP não pode comprar o imóvel.
Em primeiro lugar, porque o reitor Dirceu de Mello não tem autonomia para fazer a compra. Depois, porque a compra e a venda de qualquer imóvel por uma fundação precisam ser aprovadas pelo Ministério Público, porque gozam de imunidade tributária.
E, por fim, porque a PUC-SP ainda tem elevadas dívidas com bancos e professores, remanescentes de 2005, ano em que a universidade passou pela pior crise financeira de sua história.
"A PUC-SP neste momento não tem condições financeiras para fazer esse negócio", disse Grazzioli.
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