sexta-feira, 25 de junho de 2010

Em 6 meses, Dilma tirou desvantagem de 20 pontos porcentuais nos levantamentos

Pela primeira vez, Dilma Rousseff (PT) ultrapassou José Serra (PSDB) na média das pesquisas de intenção de voto, calculada pelo Estado. Ao longo dos últimos seis meses, a petista conseguiu transformar, mês a mês, o que era uma desvantagem média de 20 pontos em uma pequena dianteira.

No gráfico das médias, ficam evidentes as tendências de longo prazo, e perdem importância as diferenças pontuais entre pesquisas de um ou outro instituto.

A ascensão de Dilma é diretamente proporcional ao grau de identificação do seu nome como candidata do presidente Lula à sua própria sucessão. Ela cresceu primeiro entre os grupos que mais bem avaliam o governo federal. Consolidou-se entre os petistas e entre os fãs de Lula, e então passou a disputar com Serra o voto do eleitorado menos engajado.

Como fica claro no gráfico, as curvas de Dilma e Serra são espelhadas: o que um perde o outro ganha. Além disso, há uma parcela de 10% de indecisos, que, historicamente, tendem a se definir mais ou menos na mesma proporção da intenção de voto dos candidatos. Se isso ocorrer, Dilma pode aumentar sua vantagem.

Marina Silva (PV) segue estável, sem participar do perde-ganha do tucano com a petista. Ela catalisa o eleitorado que está cansado da bipolaridade da política brasileira, da disputa entre tucanos e petistas que se repete há cinco eleições presidenciais.

Definição. É importante acompanhar o que acontecerá com as intenções de voto de Marina nas próximas pesquisas. Se ela cair, aumentam as chances de definição da eleição ainda no primeiro turno. Se ele subir, pode seduzir parte do eleitorado serrista descontente com o desempenho eleitoral do tucano.

O crescimento de Dilma ao longo do tempo foi antecipado por uma mudança na expectativa dos eleitores sobre quem vai ganhar a eleição. Há 20 dias, a pesquisa Ibope/Estado/Rede Globo mostrou, pela primeira vez, que 40% dos eleitores previam vitória de Dilma, contra 35% que apostavam em Serra.

Não por coincidência, agora 40% disseram ao Ibope que votariam em Dilma, e 35%, em seu principal adversário. Como as duas pesquisas em sequência mostraram, a expectativa de vitória funciona como um barômetro das intenções de voto.

Como sempre, foram computadas na média as três últimas pesquisas divulgadas: duas do Ibope e uma do Datafolha.Correio

Um comentário:

  1. Fora de pauta: Dilma não é babá de Mara, em: http://maureliomello.blogspot.com

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