A Caixa Econômica Federal tem R$ 32,3 bilhões para financiar a compra da casa própria até o final do ano, sendo que R$ 13,2 bilhões estão reservados para o Estado de São Paulo. Os dados foram divulgados ontem pelo banco estatal durante a abertura do 6º Feirão da Casa Própria, na capital paulista.
Até 10 de maio, a Caixa - que detém 70% do mercado de crédito habitacional no País - já havia emprestado R$ 22,7 bilhões dos R$ 55 bilhões previstos para este ano. O ritmo de contratações é expressivo: diariamente, são liberados R$ 261 milhões em todo o Brasil, um crescimento de 116,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o volume médio diário correspondia a R$ 121 milhões. Já a média de contratos fechados por dia gira em torno de 4.290. Em 2009, a contratação média era de 2.550 contratos diários.
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, destaca dois fatores como causa do crescimento: o aumento de renda da população e os subsídios concedidos pelo governo federal - que elevaram a oferta de imóveis pelas incorporadoras e permitiram que clientes de baixa renda pudessem fazer o financiamento por meio do programa “Minha Casa, Minha Vida”. “As pessoas estão percebendo que podem sair do aluguel, pois a compra da casa se tornou realidade”, disse.
Garantido até 2011
Apesar do aumento da procura e do ritmo acelerado com que os financiamentos são concedidos, a Caixa assegura não haver risco de falta de recursos para a compra da casa própria. Jorge Hereda, vice-presidente da Caixa, conta que o crédito habitacional no banco está garantido até o fim de 2011, mesmo se a demanda aumentar.
Porém, a instituição já busca outras fontes de recursos para que não falte crédito para a habitação. De imediato, a Caixa deve centrar forças em aumentar a captação pela caderneta de poupança, que representa 50% dos recursos que o banco destina ao setor (o restante vem do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS).
Novos recursos
A médio prazo, o banco federal pretende também securitizar sua carteira de crédito. Ou seja, irá emitir títulos (Certificado de Recebíveis Imobiliários, os CRIs), papéis que têm como lastro as prestações pagas pelos mutuários e são comprados pelos investidores em troca de uma remuneração. O dinheiro que entra serve para que a Caixa tenha fôlego para bancar novos financiamentos.
“Iremos fazer o primeiro teste no final deste semestre. Acreditamos que os títulos serão bem recebidos pelo mercado, já que terão juros atrativos, o que os torna competitivos ante outros investimentos”, explica Hereda.
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