A base governista conseguiu ontem levar para o Congresso Nacional um dos temas que a campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) pretende levantar nas eleições deste ano: a privatização de empresas estatais no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Ontem, o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) apresentou um requerimento com 198 assinaturas em que pede a instauração da CPI do Banespa, com o objetivo de investigar a compra do então banco do governo paulista pelo Grupo Santander, em 2000. Na ocasião, o negócio foi apoiado pelo governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), e por FHC.
Os governistas, porém, tentam agora retomar o assunto, associando-o a um anseio dos aposentados do Banespa, que se julgam prejudicados pela privatização. A principal crítica é pela operação do governo FHC que emitiu R$ 4 bilhões em títulos públicos inegociáveis para que o Santander honrasse os compromissos com os servidores do banco paulista, o que, segundo eles, não foi feito. A acusação é de que o banco congelou, nos anos seguintes à privatização, os benefícios de cerca de 14 mil aposentados e pensionistas e utilizou os R$ 4 bilhões para integrar seus ativos. Os aposentados afirmam que esse valor hoje ultrapassa R$ 12 bilhões. Dizem ainda que o prejuízo alcança os admitidos no Banespa antes de 1975, quando o governo paulista era responsável pelo complemento de aposentadoria. O banco foi vendido em 2000 por R$ 7,050 bilhões (na época, o equivalente a US$ 3,7 bilhões), com ágio de 281,02%.
Ontem, Marquezelli se reuniu com associações de aposentados do banco e decidiu apresentar o pedido. As assinaturas foram colhidas sem alarde para evitar, de acordo com ele, que o banco pressionasse os deputados a retirarem as assinaturas. No requerimento, ele critica os dirigentes do banco: "A Comissão de Trabalho realizou cinco reuniões na tentativa de resgatar esse valores, pertencentes aos aposentados e pensionistas do antigo Banespa, e em todas elas se frustraram pela instransigência dos proprietários do Santander", afirma. Ele cita ainda o então secretário do Tesouro Nacional do governo FHC, Fábio Barbosa, por ter, segundo ele, liberado os títulos para outros fins que não o pagamento dos aposentados.
A CPI não tem data prevista para ser instalada. Precisa aguardar os outros 17 requerimentos para abertura de CPIs que estão à sua frente. Entretanto, o deputado espera que sua condição de 4º secretário da Mesa Diretora da Câmara e o interesse do governo no assunto possam agilizar o processo.
Na lista dos que assinaram, estão integrantes da oposição, como os tucanos Arnaldo Madeira (SP), Carlos Sampaio (SP), Gustavo Fruet (PR), Luiz Carlos Hauly (PR), Marcelo Itagiba (RJ), Renato Amary (SP) e Ricardo Tripoli (SP).
MINAS A REBOQUE, NÃO!
ResponderExcluirDo Estado de Minas
EDITORIAL
Indignação. É com esse sentimento que os mineiros repelem a arrogância de lideranças políticas que, temerosas do fracasso a que foram levados por seus próprios erros de avaliação, pretendem dispor do sucesso e do reconhecimento nacional construído pelo governador Aécio Neves. Pior. Fazem parecer obrigação do líder mineiro, a quem há pouco negaram espaço e voz, cumprir papel secundário, apenas para injetar ânimo e simpatia à chapa que insistem ser liderada pelo governador de São Paulo, José Serra, competente e líder das pesquisas de intenção de votos até então.
Atarantados com o crescimento da candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, percebem agora os comandantes do PSDB, maior partido de oposição, pelo menos dois erros que a experiência dos mineiros pretendeu evitar. Deveriam ter mantido acesa, embora educada e democrática, a disputa interna, como proposto por Aécio. Já que essa estratégia foi rejeitada, que pelo menos colocassem na rua a candidatura de Serra e dessem a ela capacidade de aglutinar outras forças políticas, como fez o Palácio do Planalto com a sua escolhida, muito antes de o PT confirmar a opção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na política, a hesitação cobra caro, mais ainda numa disputa que promete ser das mais difíceis. Não há como negar que a postura vacilante do próprio candidato, até hoje não lançado, de atrair aliados tem adubado a ascensão da pouco conhecida candidata oficial. O que é inaceitável é que o comando tucano e outras lideranças da oposição queiram pagar esse preço com o sacrifício da trajetória de Aécio Neves. Assim como não será justo tributar-lhe culpa em caso de derrota de uma chapa em que terá sido apenas vice, também incomoda os mineiros uma pergunta à arrogância: se o mais bem avaliado entre os governadores da última safra de gestores públicos é capaz de vitaminar uma chapa insossa e em queda livre, por que Aécio não é o candidato a presidente?
Perplexos ante mais essa demonstração de arrogância, que esconde amadorismo e inabilidade, os mineiros estão, porém, seguros de que o governador “político de alta linhagem de Minas” vai rejeitar papel subalterno que lhe oferecem. Ele sabe que, a reboque das composições que a mantiveram fora do poder central nos últimos 16 anos, Minas desta vez precisa dizer não.
PRA QUEM AINDA DUVIDA DO PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES ROBERTO MARINHO: REPRESENTANTE-MOR DA MÍDIA PIG
ResponderExcluirManchetaça de capa do jornal o GLOBO em quatro colunas:
PSDB amplia Bolsa Família e líder do governo é contra
*vejam a capa ou não dá para acreditar
tá no Blog do Nassif:
http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/03/03/o-inacreditavel-o-globo/#comments
PSDB/DEM/PPS...
ResponderExcluirVosso passado lhes condena.
BANESPA BANESTADO BANESPA BANESTADO BANESPA BANESTADO BANESPA BANESTADO BANESPA BANESTADO BANESPA BANESTADO ... BORNHAUSEN
ResponderExcluirCPI do Banespa? A GIRIPOCA VAI PIAR!
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