O risco Brasil, que mede o grau de interesse dos investidores em papéis de um país, situou-se abaixo dos 200 pontos em dezembro e também abaixo de níveis alcançados no primeiro semestre de 2008, antes da crise global. No último biênio, atingiu o máximo em outubro de 2008 - 688 pontos (que corresponde a juros 6,88 pontos porcentuais ao ano acima dos títulos norte-americanos de mesmo prazo) -, apresentando, a seguir, forte tendência de baixa.
O que se destaca é que o risco Brasil já havia caído e, na crise, subiu abaixo da média.
Numa fase de grande cautela dos investidores, o Brasil teve bom acesso ao mercado global, tanto em emissões soberanas como de empresas públicas e privadas, como Petrobrás, que chegou a tomar recursos por 30 anos. Gerdau e Odebrecht lançaram papéis de 10 anos e 5 anos, respectivamente.
Em 2009, até novembro, segundo a Anbima, houve 35 operações, com captação de US$ 25,2 bilhões, montante que superou os patamares de 2006 e 2007 e foi quase quatro vezes maior que o de 2008.
Os tomadores, tudo indica, acreditam que o real continuará forte (ou seja, que não serão punidos por um dólar valorizado na hora de pagar os empréstimos). Ou, então, são exportadores, protegidos pela obtenção de receitas em dólar.
Com o forte ingresso de investimentos estrangeiros, tanto diretos como sob a forma de aplicações em Bolsa e em papéis de renda fixa, o País ficou distante dos problemas globais.
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