O prefeito Gilberto Kassab (DEM), 49 anos, inicia amanhã o segundo ano da segunda gestão como prefeito de São Paulo, eleito com 60% da preferência popular. Em 2009, o democrata anunciou uma série de recuos diante da implementação de novas políticas públicas na cidade.
No auge da crise, até a lua de mel com o governador José Serra (PSDB) balançou, com a saída do então secretário de coordenação das subprefeituras Andrea Matarazzo, principal nome tucano da administração, depois de anunciado corte nos repasses de recursos para a varrição.
Com as ruas sujas, Kassab voltou atrás, mas ainda corre para recuperar a confiança do eleitor. Pesquisa recente mostra que o prefeito alcança 39% de conceito ótimo e bom entre os moradores da capital. Em outubro de 2008, o percentual de aprovação chegava a 61%.
Durante o ano, porém, conviveu com reivindicações. Em setembro, a prefeitura avisou, por carta, que uma das refeições oferecidas nas creches seria cortada. Os pais reclamaram, a medida virou assunto na mídia e o prefeito recuou.
No mesmo mês, alagamentos atingiu São Paulo e, diante da sujeira acumulada nas vias, até o minhocão ficou alagado. Pressionado, inclusive pelo aliado José Serra (PSDB), o prefeito cedeu e devolveu o repasse cheio às empresas contratadas para fazer o serviço nas ruas da cidade.
Dois meses antes, em julho, a política de restrição à circulação de ônibus fretados no centro expandido foi tão combatida por usuários --um grupo deles chegou a fechar a marginal Pinheiros-- que Kassab assumiu mais um recuo: liberou o transporte na avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini (zona sul de SP).
A lista de mudanças inclui ainda o projeto que alterou a alíquota do IPTU --Kassab teve de aceitar um aumento menor que o proposto por ele-- e a anulação do contrato com a entidade que iria comandar os consultórios odontológicos da prefeitura. O corte no Orçamento também reduziu o programa de recapeamento de ruas e adiou a construção de novos hospitais.
Debaixo d'água
Um dos maiores problemas de 2009 chegou no fim do ano. A cidade paralisada, com as marginais alagadas --em 8 de dezembro--, dois bairros da zona leste da capital transformaram-se num desafio para Kassab. Os jardins Pantanal e Romano ainda hoje têm ruas debaixo d'água. O prefeito apareceu por lá nove dias depois dos primeiros alagamentos. O trabalho de drenagem, então, teve início em 21 de dezembro, com máquinas bombeando a água de volta ao rio Tietê.Agora
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