sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

CUT repudia declaração de Boris Casoy


A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (CONTRACS) se manifestaram contra a declaração do jornalista Boris Casoy. Segundo as entidades, a afirmação do apresentador do Jornal da Band foi "ultrajante".

No último dia 31/12 Boris declarou que os garis estavam "no mais baixo na escala de trabalho". No dia seguinte o apresentador pediu "profundas desculpas" durante o jornal, mas o caso ganhou repercussão pelos vídeos no YouTube. Na terça (05/01), a Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo (Siemaco), anunciou que na quarta-feira (06/01) daria entrada com uma ação civil pública contra o jornalista.

"A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (CONTRACS/CUT) como representante da categoria considera ultrajante o ato e repudia as declarações do jornalista Boris Casoy. E destaca que a categoria é de grande importância social para toda a sociedade, incluindo o próprio jornalista", diz o texto.

As entidades comentaram especificamente sobre a cena dos garis desejando feliz ano novo que motivou a declaração do jornalista. "Para os autodenominados formadores de opinião, o razoável é que o trabalhador ou trabalhadora, particularmente aqueles que realizam tarefas manuais, se coloquem em seu devido lugar, portanto, garis varrendo ruas e não dirigindo mensagens de confraternização na celebração do novo ano. Afinal, não é qualquer um que pode pronunciar mensagens ao público em geral, essa é a função dos mais preparados, ou seja, da elite pensante".

O texto também lembra da falha do operador de áudio. "O operador de som, sem saber, prestou um grande serviço público ao mostrar a verdadeira face do conservadorismo do país, com seu autoritarismo, preconceito e ódio em relação aos trabalhadores pobres que varrem ruas, servem café ou limpam seu ambiente de trabalho e sua casa".

Um comentário:

  1. ECOS DA DITADURA

    E por falar em equívocos...

    FHC poderia terminar os seus dias com a magnífica dignidade que lhe cabe, mas escolheu o sociologês para destruir um personagem que ajudou a criar.

    Estamos falando das "análises" que O Príncipe vem fazendo de Lula no cenário político atual.

    Agora o sociólogo inventou de usar o instrumental que manipula como ninguém para demonstrar que Lula é ameaça à democracia.


    Lula virou perseguido político em plena democracia.

    Vigiado, perseguido e ameaçado pelo SNI, CODI-DOI, CCC, AAB na administração militar dos anos 70 e 80, nosso presidente eleito hoje é caçado pela sociologia do equívoco.

    FHC está com discurso propondo a profilaxia social do comportamento e das idéias diagnosticadas como perigosas à segurança nacional.

    Com sua retórica culta idealizou perigos imaginários para a constatação de perigos reais.

    Diz que o
    autoritarismo popular
    do Lulismo
    não passa de
    um sub-peronismo.

    Mas a Luz da História não vai deixar o oportunismo, o equívoco e a má fé destruirem Lula.

    Mergulhado na aliança com o DEM (que já se chamou Arena e PDS), FHC perdeu o juízo, está insatisfeito com a democracia que hoje é possível ter.

    Quer ensinar o povo a votar, decepcionado com as obras que ajudou a criar.

    "Termino dizendo que é mais do que tempo de dar um basta ao continuísmo, antes que seja tarde", conclui o artigo no qual FHC mostra a face atual.

    O pecado de Lula é ter aprendido a desenvolver/neutralizar as práticas políticas republicanas de Tancredo, Ulisses, Maluf, Getúlio, Juscelino e do próprio FHC.

    Lula e o PT cometem até erros grosseiros que devem ser avaliados, mas o saldo da administração é positivo.

    Um indicio é o otimismo da revista de negócios
    The Economist. Numa das edições de novembro o respeitado semanário inglês publica que o Brasil vive momento único.

    Experimenta democracia, crescimento econômico e inflação sob controle pela primeira vez em sua história.

    Será que o responsável é o autoritarismo popular do Lulismo sub-peronista?


    Atenciosamente,
    Flavio Deckes

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