quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Supremo retoma hoje julgamento do mensalão tucano do senador Azeredo

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma nesta quinta-feira (3) o julgamento no qual o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) é acusado de envolvimento no esquema de caixa dois durante sua campanha para reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, que ficou conhecido como "mensalão tucano"

O relator do inquérito, ministro Joaquim Barbosa, foi o único a manifestar seu voto, no sentido de receber a denúncia de lavagem de dinheiro e peculato (apropriação indevida por funcionário público). Um pedido de vista adiou o julgamento no dia 5 de novembro.

O ministro José Antonio Dias Toffoli, recém-empossado no STF, foi quem solicitou mais tempo para analisar o caso. Ele justificou sua decisão dizendo que precisava "aclarar" uma questão relativa a um dos documentos citados no parecer do relator.

O relatório aponta empresas do publicitário Marcos Valério como intermediárias do processo de lavagem de dinheiro. Por meio delas eram contraídos empréstimos fictícios em uma instituição financeira que depois eram quitados com dinheiro de estatais

Oficialmente, as estatais estavam patrocinando eventos esportivos, mas, na verdade, de acordo com o relatório, os recursos eram desviados para a campanha eleitoral e também serviam para remunerar os sócios das empresas pela operação de lavagem de dinheiro. Azeredo teria ordenado, na qualidade de governador, a transferência de recursos para as empresas de publicidade.

O relatório cita trecho da denúncia relativo aos diversos telefonemas de Marcos Valério para Eduardo Azeredo (seriam mais de 70) e a presença constante do publicitário no comitê de campanha eleitoral, além da participação das empresas na transferência de recursos para a campanha como "indícios fortes da acusação de lavagem de dinheiro".

Azeredo afirmou que "apenas 30 e poucos" desses telefonemas se completaram e "apenas dois tiveram retorno meu". "Se isso é comprovação de relacionamento muito próximo, não sei mais o que é relacionamento próximo", reclamou.Folha

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