O governo do Distrito Federal abriu licitação na sexta passada para comprar 120 mil panetones. Naquele mesmo dia, a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora, para desmontar suposto esquema de distribuição de propina a parlamentares aliados comandado pelo governador José Roberto Arruda (DEM).
Flagrado em vídeo recebendo R$ 50 mil em 2006, Arruda justificou que o dinheiro seria para distribuir panetones aos pobres. Alegou que sempre fazia essa caridade. A PF, no entanto, o desmentiu ao descobrir indícios de que Arruda forjou recibos às pressas.
Para reforçar a defesa de que sempre distribuiu esse tipo de produto, o governo Arruda lançou edital para comprar 120 mil panetones. Ele já sabia com antecedência da investigação da PF. A própria produção dos recibos teria sido combinada com o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, autor da gravação.
De acordo com o edital, a empresa vencedora terá de entregar 30 mil panetones em até cinco dias após assinatura do contrato. O governo deverá receber os outros 90 mil a cada três dias.
No sábado, o secretário de Ordem Pública, Roberto Giffoni, disse que os R$ 50 mil recebidos por Arruda eram colaborações de empresários para a comprar panetones. Segundo a PF, porém, Barbosa foi obrigado a assinar recibos de doação dos produtos recentemente para justificar o dinheiro.
RECEITA
120 mil
Panetones devem ser comprados pelo
governo do DF, segundo edital
publicado na última sexta, mesmo dia da Operação Caixa de Pandora
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