quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Acidentes demais nas obras do José Serra. Será a pressa para entregar as obras em 2010?

Desta vez foi um trilho de aço que caiu de um guindaste, na zona leste de São Paulo, na obra de ampliação da linha 2-verde do metrô. Atingido na cabeça pela peça de 700 kg, o operário Raimundo Maria de Almeida, 49 anos, morreu no local. Têm sido muito frequentes, infelizmente, os acidentes em obras do governo do Estado de São Paulo.


Deve-se ao acaso não ter ocorrido morte, mas apenas três pessoas feridas, em outra falha desse tipo, quando três vigas desprenderam-se de um viaduto em construção no trecho sul do Rodoanel, na segunda semana de novembro. Em janeiro de 2007, uma cratera se abriu perto da marginal Pinheiros devido a erros na construção da linha 4-amarela. Aquele desastre deixou sete mortos.


Queda de vigas ou de trilhos não são erros comuns. Podem ter seu grau de fatalidade, mas há procedimentos de segurança para evitar que causem prejuízos maiores ou mortes. A construtora Galvão Engenharia, responsável pela obra, afirmou que segue "rígidos cuidados de segurança". O Metrô informou que acompanha as investigações sobre o caso. É preciso, de fato, saber o que o operário fazia embaixo de um objeto de 700 kg.


Em um relatório sobre o acidente da cratera do metrô, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) já recomendava reforçar a fiscalização em grandes obras como aquela. Cabe aguardar as investigações, mas esse procedimento parece que não tem sido observado com o necessário rigor. É dever do governo ser mais rígido na fiscalização, inclusive dos procedimentos de segurança, para evitar novas tragédias.

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